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PCP acusa Estados Unidos de responsabilidade no “bárbaro massacre” de palestinianos em Israel

Os comunistas acusam os Estados Unidos de responsabilidades no massacre desta segunda-feira em Israel, ao darem cobertura à política sionista de Israel e garantirem “a impunidade dos seus crimes”.
15 Maio 2018, 20h21

O Partido Comunista Português (PCP) acusou esta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ser um dos responsáveis pelo “bárbaro massacre” de palestinianos em Israel, durante as comemorações do 70.º aniversário de Israel. Os comunistas acusam os Estados Unidos de darem cobertura à política sionista de Israel e garantirem “a impunidade dos seus crimes”.

“O PCP condena da forma mais veemente o bárbaro massacre cometido desde há semanas por Israel contra os manifestantes da ‘Grande Marcha do Retorno’, que provocou, apenas no dia de ontem, 14 de maio, mais de cinquenta mortos e milhares de feridos palestinianos”, afirma o partido, em comunicado.

Os comunistas entendem que “a natureza criminosa dos dirigentes de Israel fica patente na sua premeditada opção de assinalar o 70.º aniversário da criação do seu Estado com um novo massacre do povo palestiniano”. E acrescentam que isto vem confirmar que “a Catástrofe (Nakba) de há 70 anos – que expulsou das suas casas e terras mais de 750 mil palestinianos –, prossegue até aos nossos dias”.

O Partido Comunista considera que o massacre desta segunda-feira não se tratou de um confronto entre duas partes, mas sim um “massacre deliberado, em que manifestantes palestinianos desarmados foram friamente alvejados a tiro pelas forças israelitas”. “O Governo português tem a obrigação de erguer a voz de Portugal na denúncia e condenação frontal desta inadmissível situação”, afirma.

Tratou-se de “um hediondo crime cuja responsabilidade recai igualmente sobre os Estados Unidos da América e as provocações do seu Presidente, Donald Trump, mas também sobre todos quantos têm sistematicamente dado cobertura à política sionista de Israel, convivido com a sua afronta permanente à legalidade internacional e garantido a impunidade dos seus crimes”, sublinha o PCP.

O partido lembra que o direito à autodeterminação do povo palestiniano continua por se cumprir, devido “à política sionista do ‘Grande Israel’ que recusa a solução dos dois Estados, transforma Gaza numa prisão e está a apoderar-se violentamente dos territórios da Cisjordânia e de Jerusalém Leste”.

 

 

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