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PCP acusa PSD de querer “desestabilizar” o processo de capitalização da CGD

O secretário-geral do PCP nega a possibilidade de consenso com PSD e CDS sobre a Caixa Geral de Depósitos e adverte que os sociais-democratas não estão a mostrar as suas reais intenções no processo de recapitalização do banco.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
30 Outubro 2016, 15h28

O líder do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, rejeita a possibilidade de um entendimento com o PSD e CDS sobre os salários dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e acusa os sociais-democratas de quererem “desestabilizar” o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

Durante uma visita ao bairro da Bela Vista, em Setúbal, o secretário-geral do PCP lembrou que já tomou a iniciativa de apresentar uma proposta concreta em relação à questão dos gestores da CGD. Jerónimo de Sousa defende que devia ser definido um teto máximo correspondente ao salário do primeiro-ministro, mas a proposta terá sido chumbada na Assembleia pelo PS, PSD e CDS-PP.

Jerónimo de Sousa recusa-se a apoiar as propostas dos outros partidos, afirmando que o PSD “vem propor, no essencial, a reposição da lei anterior, em que poderíamos dizer que os 400 mil euros que estão previstos para o presidente do conselho de administração seriam substituídos pelos 400 mil euros que o PSD e o CDS querem atribuir a esse presidente do conselho de administração”. A medida é “no essencial, a mesma coisa [que o PS], com este ou aquele retoque.

O secretário-geral do PCP acusa alguns setores do PSP de “querem a privatização da CGD e querem ‘encasinar’ todo o processo”. Acrescenta ainda que o Partido Comunista “não acompanha o PSD nesta matéria que é de facto uma operação de hipocrisia, que não resolve o problema do montante [dos salários pagos aos administradores da CGD] nem da transparência”.

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