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PCP considera que morte de animais em Torre Bela reflete “falta de meios humanos e técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas”

O PCP também recorda que este é “um ato que ocorre, além do mais, num quadro em que os caçadores têm estado proibidos de fazer as suas caçadas pelas limitações impostas ao abrigo do Estado de Emergência”
23 Dezembro 2020, 17h23

O Partido Comunista Português (PCP) considerou que a morte dos animais em Torre Bela merece “apuramento das circunstâncias” e reflete a “falta de meios humanos e técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas”.

“O que aconteceu recentemente na Herdade da Torrebela, no concelho da Azambuja, com o abate de 540 animais de caça grossa, é um ato que sobre o qual se exige o apuramento das circunstâncias em que ocorreu, a sua cobertura legal e a identificação dos responsáveis pelos atos em questão, e caso se confirmem ilegalidades dos mesmos, deve a Lei em vigor ser aplicada na punição dos responsáveis”, aponta o PCP frisando que este é “um ato que ocorre, além do mais, num quadro em que os caçadores têm estado proibidos de fazer as suas caçadas pelas limitações impostas ao abrigo do Estado de Emergência”.

Para os comunistas, o sucedido em Torre Bela “é um ato que mais uma vez ilustra a falta de meios humanos e técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O PCP valoriza o esforço diário dos seus quadros e funcionários, mas que se demonstrou manifestamente insuficiente”.

“Relembramos que, na discussão do Orçamento do Estado para 2021, tal como em anteriores, o PCP propôs o reforço de verbas para o ICNF de forma a capacitá-lo dos meios humanos e técnicos para fazer face às suas competências, propostas estas chumbadas por PS, PSD e CDS”, frisou o partido liderado por Jerónimo de Sousa.

O PCP também sublinha que “caça não significa matança e que a situação em concreto nada tem a ver com a tradição secular da caça no nosso País, que envolve as componentes da atividade ao ar livre, da contribuição para o controlo das espécies e da dinamização do mundo rural, mas sim da promoção de um negócio, com valores por participante que podem, segundo os elementos públicos da empresa, superar os 10.000 euros por participante, percebendo-se a quem serve”.

 

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