Pedrógão Grande: Governo abre inquérito para investigar dificuldades de resposta às chamas
O Governo vai abrir um inquérito ao incêndio que deflagra no concelho de Pedrógão Grande desde sábado, procurando apurar as causas das dificuldades encontradas, que levaram ao balanço trágico de 64 mortos e 136 feridos. As autoridades dão conta de que houve falhas nas comunicações para coordenação de forças e cortes nas vias de circulação que dificultaram a ação dos bombeiros no combate às chamas.
Em declarações no programa “Prós e Contras”, da RTP, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, avançou que o primeiro-ministro, António Costa, “fez hoje [segunda-feira] um despacho em que exige esclarecimentos ao IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] para saber as condições atmosféricas e climáticas naquele dia, o que é que houve de anormal, o que é que há para ser explicado”.
O secretário de Estado afirmou ainda que o primeiro-ministro quer “saber se houve falha de comunicações do sistema do Estado, que é o sistema SIRESP” e pediu esclarecimentos sobre “o encerramento ou não encerramento da Estrada Nacional [EN 236-1] onde se deu o fatídico caso”, em que várias pessoas ficaram encurraladas pelas chamas entre Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos na apelidada “estrada da morte”.
O incêndio continua ainda ativo e está a ser combatido por mais de 1.110 operacionais, apoiados por 385 viaturas. Por calcular estão ainda no número de casas e viaturas destruídas, sendo que há já dezenas de deslocados.
O fogo terá deflagrou às 13h43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrando depois ao concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.
