[weglot_switcher]

Pedro Nuno Santos ausente do Conselho de Ministros

Em plena polémica sobre o despacho revogado sobre os aeroportos da região de Lisboa, o ministro esteve ausente levantando dúvidas se vai continuar no Governo.
30 Junho 2022, 12h24

O ministro das Infraestruturas não esteve presente na reunião semanal do Conselho de Ministros. Esta ausência tem lugar depois de o primeiro-ministro ter revogado o despacho de Pedro Nuno Santos que alterava a solução aeroportuária para a região de Lisboa.

Questionada sobre esta ausência, a ministra da Presidência limitou-se a dizer que as “substituições no conselho de ministros são regulares”.

Mariana Vieira da Silva remeteu qualquer questão para o comunicado hoje divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.

Antes, António Costa também rejeitou comentar se o ministro Pedro Nuno Santos vai continuar no Governo. O primeiro-ministro disse que rejeita comentar a polémica por estar fora do país, na cimeira da NATO em Madrid.

“Tenho uma regra de não comentar assuntos de politica nacional” no exterior. “Não falo sobre questões nacionais fora do país”, disse hoje António Costa.

“O meu gabinete emitiu um comunicado que emite a minha opinião sobre o assunto. O comunicado expressa exatamente a minha opinião sobre a matéria”, acrescentou.

“Vou repetir, fora do território nacional não comento questões de politica nacional. Estarei em Lisboa em breve”, afirmou em declarações transmitidas pela “SIC Notícias”.

O primeiro-ministro, António Costa, determinou hoje a revogação do despacho sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e reafirmou que quer uma negociação e consenso com a oposição sobre esta matéria.

“O primeiro-ministro determinou ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação a revogação do despacho ontem [quarta-feira] publicado sobre o novo aeroporto da região de Lisboa”, lê-se num comunicado hoje divulgado pelo gabinete de António Costa.

No comunicado, o primeiro-ministro “reafirma que a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação previa ao Presidente da República”.

“Compete ao primeiro-ministro garantir a unidade, credibilidade e colegialidade da ação governativa. O primeiro-ministro procederá, assim que seja possível, à audição do líder do PSD que iniciará funções este fim de semana para definir o procedimento adequado a uma decisão nacional, política , técnica , ambiental e economicamente sustentada”, acrescenta-se no comunicado.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.