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Pedro Nuno Santos inaugura reabertura da unidade de manutenção ferroviária em Guifões

Foi efetuado um investimento de cerca de dois milhões de euros nos últimos meses para voltar a tornar operacional esta unidade de manutenção e recuperação de material circulante da CP.
  • Cristina Bernardo
15 Janeiro 2020, 07h40

A reabertura da unidade manutenção de comboios da EMEF, empresa de manutenção ferroviária, em Guifões será hoje, dia 15 de janeiro, inaugurada oficialmente numa cerimónia que contará com a presença do ministro da tutela, Pedro Nuno Santos.

Trata-se de um investimento de cerca de dois milhões de euros que foi efetuado nos últimos meses para voltar a tornar operacional uma unidade de manutenção e recuperação de material circulante da empresa que se encontra agora em processo de fusão com a casa-mãe, a também empresa pública CP.

Na cerimónia, será possível verificar ‘in loco’ os trabalhos em curso para a reabilitação de duas carruagens Schindler que se encontravam ‘encostadas’ e que deverão reentrar em breve ao serviço da transportadora ferroviária nacional.

Segundo noticiava ontem a edição em papel do jornal ‘Público’, nas imediações desta unidade de manutenção da EMEF em Guifões, em Contumil, “estão praticamente terminadas duas locomotivas elétricas 2600, que também estavam encostadas, estando previsto colocar mais três dessa série a circular”.

Este é um objetivo estratégico traçado pelo ministro das Infraestruturas, no sentido de recuperar no total oito comboios de um conjunto de material circulante que anteriormente tinha sido abandonado pela CP.

Além disso, com a reativação da valência de manutenção de equipamento ferroviário, Pedro Nuno Santos pretende criar um ‘cluster’ industrial e tecnológico para tes modo de transporte, considerando-o prioritário em termos de eficiência energética e de combate aos impactos negativos causados pelas alterações climáticas.

A prioridade que Pedro Nuno Santos confere ao modo ferroviário passará ainda pela reestruturação da CP, que deixará de funcionar sob o modelo organizacional das unidades de negócio – CP Regional, CP Longo Curso, CP Lisboa e CP Porto – e passará a trabalhar com duas direções orgânicas – uma para as operações e área comercial e outra para a manutenção e engenharia, a par de um processo de crescente descentralização das atividades, rejuvenescimento dos quadros de pessoal e aumento do ingresso de mulheres para os cargos de direção da CP.

O regresso da CP ao transporte de mercadorias, depois de o Governo de Pedro Passos Coelho ter privatizado a CP Carga, num processo ganho pela Medway, do grupo multinacional suíço MSC – Mediterranean Shipping Company, também é uma possibilidade em cima da mesa, uma vez que Pedro Nuno Santos já se mostrou publicamente descontente com a falta de competitividade concorrencial de que acusa o setor em Portugal.

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