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Pedro Soares dos Santos: “Temos de fazer esforço no controlo da inflação através da defesa dos preços baixos”

O presidente do rupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, considera ser agora “claro que a subida de preços dos produtos alimentares, da energia e do combustível será muito superior ao que se perspetivava no início do ano”.
  • Cristina Bernardo
28 Abril 2022, 18h40

Dois meses volvidos desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, “é para nós claro que a subida de preços dos produtos alimentares, da energia e do combustível será muito superior ao que se perspetivava no início do ano”, alerta o presidente do grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos. Na divulgação dos resultados do grupo JM referentes ao primeiro trimestre de 2022 – que reportam um resultado líquido de 88 milhões de euros, mais 52,4% que no período homólogo de 2021 –, Pedro Soares dos Santos admitiu que “num horizonte turvado pela incerteza, não temos dúvidas relativamente à nossa primeira prioridade estratégica: fazer a nossa parte no esforço, necessariamente coletivo, de controlo da inflação, através da defesa dos preços baixos e do investimento em fortes campanhas promocionais que permitam criar oportunidades para as famílias, fortalecer a posição competitiva das nossas insígnias e proteger o crescimento dos volumes”.

“A perseverança das nossas equipas e a consistência do trabalho desenvolvido pelas nossas insígnias ao longo do tempo, garantem a liderança em preço e qualidade. Estas são a grande força por detrás do sólido desempenho do Grupo Jerónimo Martins nos primeiros três meses do ano”, refere o presidente do grupo JM.

“Este trabalho, que reforçámos desde o início da pandemia, é agora ainda mais crítico num contexto de inflação crescente, agravado pela guerra na Ucrânia, que deteriorará o poder de compra dos consumidores em geral e, em especial, o dos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos”, considera.

“Estou confiante que saberemos fazer este caminho enquanto continuamos empenhados em ser bons cidadãos corporativos e em responder, de forma responsável, às expectativas dos nossos colaboradores, dos fornecedores e das comunidades onde estamos presentes”, adianta o presidente do grupo JM.

“Prevalece uma envolvente de significativa incerteza associada aos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e à evolução da pandemia de Covid-19”, adianta, considerando que “desde o início do conflito militar, as pressões inflacionistas nos produtos alimentares, na energia e nos transportes, escalaram”.

“Desde então, também se observou o aumento substancial da volatilidade das moedas da Europa de Leste. Em face dos efeitos do aumento da inflação e das taxas de juro no rendimento disponível das famílias, a competitividade de preço e a criação de oportunidades de poupança para o consumidor tornam-se ainda mais preponderantes na agenda de todas as companhias do grupo JM”, diz.

“Em linha com o que referimos há pouco mais de um mês, esse esforço de contenção dos preços de venda será assegurado, mesmo que a inflação nos custos coloque pressão adicional nas margens percentuais das nossas insígnias. Mantemos, assim, as perspetivas para o ano tal como apresentadas no dia 9 de março de 2022, aquando da divulgação dos resultados de 2021”, conclui Pedro Soares dos Santos.

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