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Penalizações nas reformas antecipadas fazem disparar pedidos de ajuda à Deco

O desemprego continua a ser a principal causa de sobre-endividamento, mas há cada vez mais famílias a pedir ajuda à Deco por lhes terem sido cortadas as reformas, terem sido vítimas de burlas e fraude ou negócios que correram mal.
31 Outubro 2017, 08h30

O Gabinete de Apoio ao Sobre-endividamento (GAS) da Deco recebeu janeiro e outubro 26.080 pedidos de ajuda de famílias em dificuldades económicas. O desemprego continua a ser a principal causa de sobre-endividamento, mas há cada vez mais famílias a pedir ajuda à Deco por lhes terem sido cortadas as reformas, terem sido vítimas de burlas e fraude ou negócios que correram mal, avança o jornal ‘Diário de Notícias’.

Em média, são abertos sete processos de ajuda financeira do GAS por dia. Pela primeira vez desde que há registo, os negócios e investimentos mal sucedidos e fraude aparecem destacados na lista de motivos pelos quais as famílias procuram ajuda financeira. O insucesso dos negócios deu origem a 3,7% dos processos abertos, enquanto os casos de fraude levaram a 1,6%. Entre as burlas mais comuns estão os anúncios de empréstimos sem juros.

Embora não esteja entre as causas mais comuns, o sistema de penalizações das reformas antecipadas tem também levado a que muitos reformados se tenham sobre-endividado. A coordenadora do GAS, Natália Nunes, diz que até ao final do ano, o número de reformados a procurar ajuda junto da Deco ainda vai aumentar.

Em causa está o corte nas reformas antecipadas que levou o Ministério da Segurança Social, António Vieira da Silva, a tomar medidas para minimizar o impacto das penalizações aplicadas. Uma delas foi o alerta dos pensionistas para o valor da pensão que vão receber ao longo da vida. António Vieira da Silva decidiu também suspender o acesso à reforma aos 55 anos de idade, fazendo o limite subir para os 60 anos.

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