O peso dos impostos ligados ao ambiente nas receitas fiscais totais recuou em Portugal entre 2020 e 2021, mas manteve-se acima da média da União Europeia (UE). Isto de acordo com os números divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, que mostram também que, no conjunto do bloco comunitário, as receitas registadas com estes tributos já voltaram aos níveis pré-pandemia.
“Em 2021, a receita com impostos ambientais na UE voltou ao nível verificado antes da pandemia de Covid-19, [tendo] atingido 325,8 mil milhões de euros, o que compara com os 300,2 mil milhões de euros registados em 2020”, sublinha o gabinete de estatísticas, referindo que o total contabilizado no segundo ano da crise sanitária é equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco comunitário.
Convém explicar que em 2020 houve um “recuo significativo” dos impostos energéticos, o que fez cair as receitas dos tributos ligados ao ambiente. Já em 2021 os impostos associados à energia voltaram ao níveis pré-crise sanitário, puxando pelo referido total.
Contas feitas, os impostos ambientais equivaleram a 5,4% das receitas totais de impostos e contributos sociais contabilizadas em 2021 na UE, peso idêntico ao de 2020, mas inferior ao de 2019.
Já em Portugal, os impostos ambientais corresponderam a 6,22% das receitas fiscais, menos do que em 2020 e menos do que em 2019, mas mais do que a média comunitária.
Entre os vários Estados-membros, o menor peso destes tributos foi registado no Luxemburgo (3,5%), seguindo-se a Alemanha (4,2%), Espanha (4,5%) e a França (4,6%).
Em contraste, a Grécia foi o país com o maior peso dos impostos ambientais nas receitas fiscais (9,5%). No topo da tabela, aparecem ainda a Bulgária (9,1%), a Letónia (8,9%) e a Croácia (8,7%).