[weglot_switcher]

Petrobras volta a estar no olho do furacão na corrida às presidenciais no Brasil

Ao contrário do que aconteceu em 2014, em que a empresa esteve na mira dos candidatos devido aos casos de corrupção desvendados pela Operação Lava Jato, desta vez é a crise de combustíveis e a subida desmedida dos preços que preocupam os diferentes quadrantes políticos.
5 Junho 2018, 08h40

À semelhança do que aconteceu nas eleições de 2014, a Petrobras voltou a estar na mira dos candidatos à presidência do Brasil. Só que agora não são os casos de corrupção desvendados pela Operação Lava Jato, mas sim a crise de combustíveis, que levou a uma subida desmedida dos preços, que preocupam os diferentes quadrantes políticos que concorrem a um lugar no Palácio do Planalto.

A intervenção do governo de Michel Temer na política de preços da Petrobras esteve na base da demissão de Pedro Parente, responsável pela recuperação da petrolífera após o escândalo de corrupção Lava Jato, e arrastou a Petrobras na Bolsa de São Paulo no início deste mês. A petrolífera perdeu 15% do seu valor de mercado, o que equivale a 40,5 mil milhões de reais (9,2 mil milhões de euros).

Logo após a demissão de Michel Temer, o pré-candidato a presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin, escreve na sua conta oficial do Twitter que é preciso “definir uma política de preços de combustíveis que, preservando a empresa, proteja os consumidores”.

Henrique Meirelles, pré-candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), evitou pronunciar-se sobre a crise na Petrobras, mas tem vindo a defender reformas para dar continuidade ao Governo de Michel Temer. “O caminho que defendo todos conhecem: reformas que tornem o país mais justo e produtivo e gestão de qualidade”, sublinhou, em declarações à imprensa brasileira.

Também o pré-candidato Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), considera que não basta apenas que Pedro Parente deixe a Petrobras. “É preciso exigir que a política de preços que ele impôs seja trocada”, afirmou. Jair Bolsonaro, que lidera as sondagens na corrida à presidência do Brasil, aproveitou também a greve de camionistas para criticar também a política de preços praticado pela petrolífera estatal brasileira.

Nos primeiros três meses do ano, a Petrobras anunciou um lucro de 6,9 mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros), o melhor resultado que a empresa alcançou nos últimos cinco anos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.