O grupo PSA, o fabricante da Peugeot, Citroen e Opel, divulgou esta quarta-feira um declínio de 0,8% nas vendas do terceiro trimestre, revelando ainda que a receita voltou a crescer depois de ter apresentado fortes quebras durante os meses do confinamento, aponta a “Reuters”.
A receita do fabricante automóvel aumentou 1,2% para os 12 mil milhões de euros no terceiro trimestre, após ter caído 35,5% no início do ano devido à pandemia. Sob a liderança do português Carlos Tavares, a PSA concentrou-se nos modelos mais dispendiosos mas também lucrativos, de forma a ajudar a fabricante a superar a queda no volume de vendas.
No terceiro trimestre, as vendas globais do fabricante foram de 15,5 mil milhões de euros, assumindo uma queda de 0,8% face ao mesmo trimestre do ano passado. Mesmo com a abertura dos concessionários e da retoma das economias, ainda que pareça durante pouco tempo, o volume de vendas de automóveis caíram a pique.
Uma alternativa encontrada pela PSA para recuperar vendas foi apostar nos modelos com preços mais altos, que conquistaram popularidade no início do ano, e este é um modelo de negócio que a Renault está a tentar imitar à medida que tenta recuperar receitas, lucros e vendas. De facto, o novo modelo Peugeot 208 elevou as encomendas da fabricante, à semelhança dos SUV que conquistaram os clientes.
Apesar da pandemia, a PSA mantém o objetivo de alcançar uma margem operacional ajustada superior a 4,5% até 2021, e espera gerar um fluxo de caixa positivo já este ano.
As ações da PSA na bolsa francesa encontram-se a cair 3,83% para 15,56 euros apesar dos resultados trimestrais terem sido positivos face às perspetivas. Também a rival Renault se encontra em queda livre na bolsa, perdendo 5,89% para 21,41 euros.
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