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PGR de Angola já chegou a Lisboa: “Vim pedir ajuda” às autoridades portuguesas

Hélder Pitta Grós vai reunir se hoje com a PGR portuguesa, na semana em que a investigação jornalística Luanda Leaks expôs vários negócios de Isabel dos Santos, que já foi constituída arguida em Angola. Caso Isabel dos Santos é prioritário para as autoridades angolanas.
23 Janeiro 2020, 08h12

“Vim pedir ajuda de muita coisa”, disse o Procurador-Geral da República de Angola à chegada a Lisboa. Hélder Pitta Grós vai se reunir hoje pelas 15 horas com a sua homóloga portuguesa, Lucília Gago.

“No âmbito das nossas relações com a Procuradoria Geral [da República de Portugal] viemos aqui para vermos o que faremos este ano”, disse em declarações à RTP na manhã desta quinta-feira no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa.

A reunião entre as duas Procuradorias-Gerais acontece um dia depois de a empresária angolana Isabel dos Santos ter sido constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a sua passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou a PGR de Angola na quarta-feira, como avançou a Lusa.

Esta semana foi revelada a investigação jornalística Luanda Leaks que expôs vários negócios de Isabel dos Santos.

Fonte oficial da PGR de Angola disse ao Jornal Económico na quarta-feira que “vão ser estabelecidos contactos no sentido de trabalhar na agenda de cooperação judicial no presente ano e vários casos em curso”, dando ainda conta de que “serão fixadas prioridades” e que “o caso Isabel dos Santos é prioritário, à semelhança de outros em investigação que não são do domínio público, nomeadamente processos em instrução preparatória que exigem informação de Portugal sobre património”.

Segundo a mesma fonte, na agenda de trabalho estará ainda a investigação da justiça portuguesa a operação realizadas pela empresária angolana Isabel dos Santos, nomeadamente as transferências superiores a 100 milhões de dólares da Sonangol para a Matter Business Solutions, uma consultora sedeada no Dubai. Este inquérito está a cargo do DCIAP – Departamento Central de Investigação e Ação Penal, tendo sido aberto após uma denúncia da antiga eurodeputada Ana Gomes enviada a Lucília Gago a 11 de novembro do ano passado, tal como o Jornal Económico noticiou em primeira mão a 10 de janeiro passado.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/empresaria-angolana-isabel-dos-santos-constituida-arguida-538684

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