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Philippe Gelder, CEO da PDA: “Produto do Ano vai continuar a crescer em Portugal”

Numa entrevista ao Jornal Económico, Philippe Gelder, CEO do PDA a nível global, explica porque é que o mercado português é relevante para esta iniciativa e explica as novas tendências de consumo.
7 Fevereiro 2017, 20h00

O estudo que levou à votação dos seis mil consumidores que escolheram o PDA – Produto do Ano em Portugal este ano, cujo nome será apresentado daqui a poucos minutos revela que 90% das pessoas gostam de experimentar novos produtos e 75% estão disponíveis para pagar mais por esse tipo de produtos. E conclui que, mesmo nos dias de hoje, com o crescente domínio da ‘internet’, 68% dos produtos inovadores são encontrados nas lojas.

O que é o PDA – Produto do Ano?

O PDA – Produto do Ano existe há 30 anos e agora já estamos presentes em 40 países. Resulta da votação direta dos clientes, dos consumidores nos produtos que mais gostam, tendo em particular atenção o seu grau de inovação. A nível geral, votaram este ano cerca de 200 mil consumidores. Em Portugal, votaram cerca de seis mil consumidores. Em Portugal a experiência é mais recente e até foi interrompida… Estivemos presentes em Portugal desde 2004. Houve uma interrupção em 2016.

O que é que se passou?

É necessário ter um bom parceiro. Tivemos de mudar de operador no ano passado porque não estávamos contentes com a situação.

De que forma Portugal é importante para a iniciativa PDA?

É importante estarmos presentes em todos os países mais relevantes. Na área da grande distribuição e do grande consumo, os clientes gostam deste instrumento de ‘marketing’ para promover o produto. E o PDA permite-lhes isso, porque é uma marca mundial. Portugal, sendo um país que faz parte da Europa, é importante, porque é importante estarmos em todos os países europeus.

Qual a grande tendência da lista de produtos finalistas da lista PDA em Portugal este ano?

A grande tendência deste ano é que um terço dos produtos são locais, o que é uma coisa muito boa. Os consumidores tendem muito, cada vez mais, a escolher o produto local. De resto, o ‘scope’ é muito semelhante ao de outros países europeus, com a entrada novas categorias de produtos, como ‘robots’ de cozinha. A maioria da tendência aponta para produtos que estão relacionados com a ‘internet’ das coisas, conectados com ‘smartphones’ ou ‘tablets’, que revelam o gosto por produtos locais e que defendam a sustentabilidade ambiental, derivado da crescente preocupação com o salvar o planeta. Os consumidores foram, estão a ir para coisas clássicas, mas com valor acrescentado. Estes novos consumidores gostam de classicismo, de qualidade, de estabilidade e sabem que é bom ter inovação.

Quantas categorias de produdos e empresas estão representadas no PDA Portugal 2017?

Em Portugal, temos 24 categorias de produtos, com 49 empresas e marcas participantes este ano. Penso que em Portugal vamos continuar a crescer e poderemos ir em breve até às 45, 50 categorias, porque é isso que normalmente acontece nos países mais maduros. Além disso em Portugal queremos reforçar o serviço e o conteúdo que queremos oferecer. Queremos trazer ‘product insight’ para os nossos clientes, com ferramentas e inovação que tragam mais conteúdo, mais especificidade. E promover e garantir mais trocas entre os diversos países em que existe a iniciativa PDA. Porque estamos atentos ao facto de que para se produzir inovação tem de se ter trocas de boas práticas, tem de se estar atento a esse fenómeno para, no caso de Portugal, poder trazer essas boas práticas de inovações do Japão, da restante Ásia ou dos Estados Unidos, por exemplo.

 

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