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Pingo Doce, Lidl e Aldi tentam adquirir lojas Dia em Portugal (com áudio)

Segundo o “El Economista”, não existe nenhuma oferta pela totalidade da rede, mas o Pingo Doce, Aldi e Lidl terão manifestado interesse em comprar algumas das lojas.
4 Maio 2023, 07h30

O grupo Dia, que em Portugal tem a cadeia Minipreço, está a avançar a bom ritmo na venda das suas 494 lojas em Portugal, processo para o qual contratou o banco francês Societé Générale como assessor financeiro, avança o “El Economista“.

A rede controlada por Letterone contratou assim o Societé Générale para estudar a venda do negócio em Portugal. O Jornal Económico avançou em primeira mão em agosto de 2022 que o grupo Dia estava à venda em Portugal.

Fontes financeiras próximas do processo confirmaram ao jornal espanhol que, apesar de não ter havido uma oferta para a totalidade da rede, houve várias cadeias que mostraram interesse em ficar com determinados conjuntos de lojas.

Segundo fontes do “El Economista”, tal é o caso da cadeia Pingo Doce, detida pelo grupo Jerónimo Martins e pela holandesa Ahold Delhaize; e das cadeias alemãs Lidl e Aldi, que estão a registar um forte crescimento em Espanha e que pretendem também acelerar a sua expansão no país vizinho.

Na mesma linha de desinvestimentos, a empresa espanhola vendeu, no final do ano passado, a sua filial Beauty by Dia, que explorava a rede de 1.015 salões de beleza Clarel, por um total de 60 milhões de euros ao fundo C2 Private Capital. Esta operação foi também precedida, no Verão passado, pela transferência para a Auchan, proprietária da Alcampo, de 235 supermercados de grande porte, uma operação avaliada em 267 milhões de euros. No total, a rede de lojas que o grupo Dia alienou no ano passado somou um total líquido de 761,5 milhões de euros.

O Dia, que opera em Portugal com a marca Minipreço, aumentou as suas vendas líquidas em 0,5% no ano passado para 596 milhões de euros, depois de ter visto a sua rede de lojas reduzida em 7%.

A filial portuguesa fechou o ano passado com um prejuízo de 20 milhões de euros, ligeiramente superior aos 19,4 milhões registados no ano anterior.

A empresa reconhece que “a entrada de novos players no mercado, bem como o forte investimento e expansão dos concorrentes, fazem parte de um cenário desafiante para o Dia, que aliado à situação inflacionária vivida no país, pressionaram as margens e a rentabilidade do negócio”.

O grupo Dia fechou em Portugal 2022 com um EBITDA (resultado bruto de exploração) de 10,5 milhões de euros, menos 1,4 milhões de euros do que em 2021, com uma quebra de 0,2 pontos percentuais na sua margem. Esta quebra deve-se, em parte, segundo o grupo, “à política de preços competitivos mantida durante o ano e ao aumento dos custos de aprovisionamento, manutenção e energia”.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/dona-do-minipreco-esta-a-vender-parte-da-operacao-em-portugal-923978

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