O telefonema deste fim-de-semana entre o novo presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, veio agitar a relação diplomática entre os dois países. Em causa está o acordo assinado por Barack Obama para que os EUA recebam parte dos refugiados vindos da Austrália.
Naquele que foi descrito por Trump como “de longe, o pior telefonema de sempre”, a conversa, que era suposto durar uma hora, não chegou sequer a ter metade do tempo previsto.
Segundo avança o ‘Washington Post’, o presidente norte-americano terá rejeitado o compromisso assinado por Barack Obama em receber 1250 refugiados na Austrália, vindos de países como o Sri Lanka, Paquistão, Bangladesh, Somália, Irão e Iraque – alguns dos quais considerados “perigosos” pela administração Trump e cujos cidadãos estão agora impedidos de entrar no país. Em troca, a Austrália receberia refugiados vindos de El Salvador, Guatemala e Honduras.
A polémica foi, sem surpresas, comentada por Donald Trump na sua página oficial no Twitter. “Acreditam nisto? A Administração Obama concordou receber milhares de imigrantes ilegais da Austrália. Porquê? Vou analisar este acordo estúpido”, escreve.
Do you believe it? The Obama Administration agreed to take thousands of illegal immigrants from Australia. Why? I will study this dumb deal!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 2, 2017
Embora se tenha mostrado contra a iniciativa do seu antecessor, Donald Trump não pode recuar no acordo internacional. O ‘Washington Post’ dá conta de que o decreto presidencial assinado por Trump na passada sexta-feira incluía uma cláusula que excluía “acordos internacionais pré-existentes”, o que impede a revogação do acordo com a Austrália.
“[Donald Trump] Diz que este não é um acordo que teria feito, mas a questão é: irá ele honrar o compromisso?”, questiona o primeiro-ministro australiano.
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