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“O pior telefonema de sempre”: Relação crispada entre Trump e a Austrália

O acordo assinado por Barack Obama para que os Estados Unidos recebam 1250 refugiados da Austrália, vindos de alguns dos países considerados “perigosos” por Trump, está a indignar o novo presidente norte-americano.
  • Carlos Barria/REUTERS
2 Fevereiro 2017, 11h06

O telefonema deste fim-de-semana entre o novo presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, veio agitar a relação diplomática entre os dois países. Em causa está o acordo assinado por Barack Obama para que os EUA recebam parte dos refugiados vindos da Austrália.

Naquele que foi descrito por Trump como “de longe, o pior telefonema de sempre”, a conversa, que era suposto durar uma hora, não chegou sequer a ter metade do tempo previsto.

Segundo avança o ‘Washington Post’, o presidente norte-americano terá rejeitado o compromisso assinado por Barack Obama em receber 1250 refugiados na Austrália, vindos de países como o Sri Lanka, Paquistão, Bangladesh, Somália, Irão e Iraque – alguns dos quais considerados “perigosos” pela administração Trump e cujos cidadãos estão agora impedidos de entrar no país. Em troca, a Austrália receberia refugiados vindos de El Salvador, Guatemala e Honduras.

A polémica foi, sem surpresas, comentada por Donald Trump na sua página oficial no Twitter. “Acreditam nisto? A Administração Obama concordou receber milhares de imigrantes ilegais da Austrália. Porquê? Vou analisar este acordo estúpido”, escreve.

Embora se tenha mostrado contra a iniciativa do seu antecessor, Donald Trump não pode recuar no acordo internacional. O ‘Washington Post’ dá conta de que o decreto presidencial assinado por Trump na passada sexta-feira incluía uma cláusula que excluía “acordos internacionais pré-existentes”, o que impede a revogação do acordo com a Austrália.

“[Donald Trump] Diz que este não é um acordo que teria feito, mas a questão é: irá ele honrar o compromisso?”, questiona o primeiro-ministro australiano.

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