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Plano de poupança de energia. Privados aconselhados a desligar aquecedores em esplanadas e a apagar montras

Veja as recomendações feitas para o sector privado para poupar energia.
27 Setembro 2022, 13h59

O Plano de Poupança de Energia 2022/2023 foi hoje divulgado. No documento, os privados são aconselhados a desligarem os aquecedores nas esplanadas, entre outras recomendações.

“Sistemas de aquecimento a gás ou do tipo ar-condicionado/bombas de calor em espaços do tipo esplanada (exteriores e interiores) devem estar desligados”, pode-se ler na resolução do conselho de ministros hoje publicada.

O documento também recomenda o apagar das montras após o fecho. “Desligar iluminação de montras e similares após o encerramento do estabelecimento”.

O Plano de Poupança de Energia 2022 -2023 “surge na sequência da crise geopolítica que se faz sentir atualmente na Europa, com graves consequências para o sector da energia, sendo um dos instrumentos que responde ao repto da redução voluntária de 15 % do consumo energético lançado aos Estados -Membros da União Europeia. Não deve, no entanto, ser esquecido que, no caso português, existem derrogações que permitem reduzir a percentagem de redução obrigatória para 7 %”, segundo o documento.

O Plano “engloba medidas, por separado, de redução para as áreas da energia, eficiência hídrica e mobilidade, e abrange os setores da Administração Pública, central e local, e privado (incluindo indústria, comércio e serviços, e cidadãos), sendo dado particular destaque às medidas afetas à energia”.

Veja as recomendações do Governo para o sector privado:

— Desligar iluminação interior de caráter decorativo de edifícios a partir das 22h00 no período de inverno e a partir das 23h00 no período de verão;

— Desligar iluminação exterior de caráter decorativo dos edifícios a partir das 24h00, salvaguardando questões de segurança;

— Desligar iluminação de faixas, lonas e estandartes publicitários e cartazes na via pública e edifícios a partir das 22h00 no período de inverno e a partir das 23h00 no período de verão;

— Desligar iluminação de montras e similares após o encerramento do estabelecimento;

— Desligar a iluminação interior de uma divisão sempre que o espaço não esteja em utilização;

— Promoção de uma maior utilização de luz natural, através dos vãos envidraçados, claraboias ou tubos de luz, minimizando a iluminação acesa;

— Recomendação de valores máximos de iluminância e densidade de potência de iluminação em superfícies comerciais (Portaria n.º 138 -I/2021, de 1 de julho);

— Adequação da intensidade da iluminação às necessidades dos utilizadores dos espaços e adequação dos horários de iluminação de acordo com taxa de utilização e ocupação, com exceção da iluminação de emergência

— Implementação de sistemas de gestão para a racionalização do consumo;

— Substituição da iluminação interior/exterior por iluminação de tecnologia LED de alto desempenho energético e/ou a instalação de regulador (dimmers) de fluxo luminoso de sistemas luminotécnicos

— Desligar iluminação de reclames após as 23h00 e de fachadas após as 24h00, salvo por razões de segurança e para garantir a visão por CCTV;

— Ajuste dos níveis de iluminação no interior das lojas, incluindo montras e reclame da fachada da loja;

— Redução da iluminação interior a níveis mínimos de segurança, mantendo a visão por CCTV, após horário de normal funcionamento e nos períodos de manhã de tráfego fraco;

— Redução de iluminação em áreas de parqueamento interior, desligando um terço da iluminação, mantendo a visibilidade CCTV e conforto do visitante e circulação viaturas, incluindo ajuste de horários de abertura e gestão de parque em função do tráfego;

— Instalação de sensores de movimento para iluminação de áreas não comerciais, incluindo áreas de baixo tráfego/utilização/permanência;

— Instalação, sempre que possível e adequado, de sensores fotoelétricos/crepusculares para ajuste de iluminação em áreas exteriores e interiores;

— Regulação das temperaturas dos equipamentos de climatização interior, para o máximo de 18°C no inverno e o mínimo de 25°C no verão;

— Manter portas e janelas fechadas sempre que estiver sistema de climatização ligado, incluindo para edifícios de comércio e serviços sempre que tenham espaços com entrada direta para a rua;

— Sistemas de aquecimento a gás ou do tipo ar-condicionado/bombas de calor em espaços do tipo esplanada (exteriores e interiores) devem estar desligados;

— Durante os períodos em que não é necessária a utilização dos espaços, os sistemas de climatização devem permanecer desligados.

— Regulação das temperaturas dos parques de estacionamento de centros comerciais para o máximo de 26°C;

— Ajuste de parâmetros de ventilação e temperatura interior de lojas;

— Ajuste de parâmetros de chillers, incluindo start&stop, considerando as temperaturas exteriores e interiores;

— Ajuste de parâmetros de pressão diferencial de bombagem de água, incluindo controlo otimizado de áreas críticas;

— Ajuste de parâmetros e modo de operação da bombagem de água de torres refrigeração, bem como modulação da velocidade do ventilador;

— Modulação de velocidade dos ventiladores de unidades de tratamento de ar, bem como de inclusão de startstop, em função da qualidade do ar interior/conforto térmico.

— Adoção de implementação de medidas de eficiência energética com período de retorno de investimento reduzido;

— Regulação de temperaturas de refrigeração e frio industrial em conformidade com as utilizações e níveis de segurança alimentar;

— Colocação de portas ou cortinas em arcas de frio evitando o consumo excessivo de energia;

— Regulação da temperatura da água de piscinas interiores para 26°C e diminuição de 2°C na temperatura de aquecimento ambiente onde se inserem as piscinas cobertas (para 28°C);

— Regulação da temperatura dos Sistema de Água Quente Sanitária (AQS) para as recomendadas no Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), sem comprometer a manutenção dos sistemas nem as medidas necessárias a evitar a legionella;

— Regulação do caudal das torneiras e chuveiros para assegurar as necessidades sem desperdício de água.

— Reforço da manutenção periódica preventiva dos sistemas, incluindo dos isolamentos de redes de calor;

— Colocação de capas térmicas para redução de perdas térmicas quando as piscinas estão em utilização;

— Privilegiar a utilização de energias renováveis no aquecimento de água (piscinas, banhos e climatização);

— Melhoria da eficiência nos sistemas de bombagens;

— Aproveitamento das águas dos banhos para sanitários

— Adoção de práticas de gestão dos recursos humanos que permitam a redução dos consumos energéticos (por exemplo, avaliando as poupanças energéticas do recurso ao teletrabalho), sempre que viável;

— Ações de informação no âmbito das poupanças associados ao consumo energético, bem como das deslocações casa -trabalho-casa;

— Formação e acreditação complementar para Técnicos de Inspeção de Sistemas Técnicos no âmbito da elaboração de inspeções a sistemas solar térmicos com área de captação 15 m2 e sistemas fotovoltaicos, efetuar a determinação da eficiência da instalação e propor medidas de eficiência energética;

— Formação complementar para Técnicos de Gestão de Energia no âmbito da elaboração do plano de otimização energética, incluído a metodologia de abordagem transversal.

— Redução do tempo de água corrente de banhos e duches e adequação da temperatura da água do sistema de aquecimento à estação do ano;

— Utilização de estratégias de aproveitamento da água de banhos e duches, até que a temperatura ideal seja atingida;

— Minimização do número de utilizações da máquina de lavar roupa e máquina de lavar louça, utilizando a sua capacidade máxima;

— Redução da quantidade de água utilizada na lavagem de pavimentos;

— Minimização do número de lavagens de veículos;

— Adoção de estratégias de redução do consumo de água nos sanitários através da

adoção de mecanismos de descarga dupla e diminuição do volume disponível dos

reservatórios

— Reaproveitamento das águas dos sistemas prediais para fins adequados não potáveis;

— Substituição de água da rede pública por água residual devidamente tratada em ETAR para lavagem de pavimentos, lavagem de veículos, jardins e similares, campos desportivos, campos de golfe e outros espaços verdes de recreio.

— Utilização eficiente de equipamentos e dispositivos;

— Substituição de equipamentos do processo de fabrico por outros de maior eficiência no

consumo de água;

— Eliminação de perdas de água na rede de abastecimento à unidade industrial;

— Reutilização da água residual da própria unidade industrial, após tratamento adequado,

incluindo no sistema de arrefecimento;

— Utilização da água residual resultante do processo de fabrico;

— Reutilização da água de arrefecimento industrial em sistemas fechados;

— Recuperação da água utilizada no arrefecimento para fins compatíveis;

— Utilização da água residual no sistema de aquecimento;

— Recuperação do vapor de água gerado no processo industrial;

— Gestão correta dos resíduos produzidos com minimização da necessidade de lavagem;

— Aspiração de resíduos com minimização de lavagem;

— Lavagem das instalações com dispositivos de jato de água sob pressão;

— Utilização de água proveniente de outras fontes para lavagens.

— Programação da rega para horários de menor evaporação, ligando -a depois das 20h00

no período de verão e das 17h00 no período de inverno;

— Correção da orientação dos dispositivos de água colocados em jardins de forma a eliminar

desperdícios de água;

— Promoção de sistemas de gota a gota com sensores de humidade;

— Aproveitamento de águas pluviais ou de outras proveniências para regas e lavagens, sempre que possível;

— Promoção da plantação de espécies com baixa necessidade de rega, apropriadas ao clima e terra.

— Formação no âmbito da eficiência hídrica, destinada a instaladores de produtos e equipamentos sanitários.

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