Os ministros das Finanças da zona euro vão tomar, na próxima segunda-feira, uma “decisão política” sobre a antecipação do reembolso parcial ao FMI solicitada por Portugal, tendo um alto responsável do Eurogrupo manifestado hoje “grande confiança” numa decisão favorável.
O responsável do fórum dos ministros das Finanças da zona euro indicou que o Eurogrupo colocou em marcha o processo, depois de Portugal ter apresentado o plano de reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de parte do empréstimo concedido por esta entidade da troika.
O mesmo responsável confirmou ainda que o processo “está a seguir os mesmos princípios e precedentes fixados para a Irlanda”, que também decidiu em 2014 pagar mais cedo parte do empréstimo do FMI no quadro do respetivo programa de assistência externa.
A mesma fonte explicou que “não haverá uma decisão final” na reunião da próxima segunda-feira, em Bruxelas, “porque terá que haver lugar a algumas aprovações parlamentares” entre Estados-membros, mas “haverá uma decisão política”, e, disse, a sua “expetativa é de que essa decisão politica seja favorável a Portugal”.
O responsável do Eurogrupo referiu ainda que um aspeto que tem que ser salvaguardado é o de o FMI continuar a integrar o mecanismo de vigilância pós-programa a Portugal, o que sucederá em virtude de o reembolso ser parcial.
Fonte do Ministério da Finanças confirmou na terça-feira que o Governo português já enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao FMI, segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio.
OJE/Lusa