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Planos de poupança: “São necessários estímulos à saída e não à entrada”

Presidente da ASF considera necessário definir incentivos de longo prazo para a poupança.
15 Março 2017, 10h58

No Fórum Seguros, promovido pelo Jornal Económico e da PwC, José Almaça, presidente da entidade supervisora do setor segurador, sublinhou a importância de reunir num só espaço os operadores para discutir de forma aberta os desafios do setor.

Relembrando o peso da atividade seguradora na economia portuguesa e do papel que assume na sua estabilidade da economia, reforçou a resiliência desta atividade, bem como a forma como tem passado pelos últimos anos de crise.

Na atual conjuntura, com os mais recentes números do INE a apontar para um crescimento da economia e um recuo do desemprego, têm sido muitos os impactos no setor, sobretudo fruto das alterações do quadro regulatório. Para José Almaça, “vivemos um dos períodos de transformação de maior intensidade da nossa história contemporânea”, assistindo a transformações externas de relevo, nomeadamente, com o abrandamento das economias avançadas, o referendo ao Brexit ou a eleição de Donald Trump, nos EUA.

É neste contexto que o setor segurador em Portugal tem mantido uma trajetória positiva,  ainda que nem todos os segmentos tenham conseguido manter esse desempenho. A produção de seguros em 2016 veio sublinhar um caminho de recuo, ainda que positiva e transversal a todos os segmentos, evidenciando-se o crescimento de 13, 2% nos seguros de acidentes de trabalho, o que espelha particularmente a recuperação da economia.

De olhos postos no futuro, o supervisor apontou alguns caminhos para que o setor obtenha melhores resultados, a curto prazo. Salientou a falta de atratividade dos PPR e outros instrumentos de poupança, os quais estão “em níveis historicamente baixos”, razão pela qual defende a introdução de estímulos financeiros “de preferência à saída e não à entrada”, ou seja, que sejam definidos apoios e incentivos a longo prazo. Uma medida que em seu entender pode inverter a tendência e levar os consumidores a apostar na poupança.

Ainda sobre desafios, José Almaça mencionou as oportunidades que o universo tecnológico traz consigo, estimulando o setir a rever a sua oferta, conseguindo adaptar-se às novas exigências.

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