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PM ucraniano apelou nos EUA a mais armamento e sanções contra a Rússia

Denys Shmyhal reuniu-se na sexta-feira com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e com outros membros da administração de Joe Biden.
23 Abril 2022, 08h35

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, pediu esta sexta-feira aos Estados Unidos, país onde esteve em visita, mais ajuda militar e mais sanções contra a Rússia, considerando estas o instrumento que “mais afeta o agressor”.

Denys Shmyhal reuniu-se esta sexta-feira com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e com outros membros da administração de Joe Biden, onde solicitou mais ajuda para a Ucrânia em diferentes áreas.

Para o governante ucraniano, o seu país precisa “seriamente” que aconteçam quatro coisas: armas, sanções contra a Rússia, ajuda financeira e perspetivas de pertencer à Europa [União Europeia].

Sobre armamento, Shmyhal pediu mais ajuda aos EUA, um dia depois de Biden ter anunciado mais 800 milhões de dólares em assistência militar à Ucrânia.

Mas o primeiro-ministro ucraniano também insistiu na necessidade de mais sanções, pedindo ainda mais financiamento para atender às necessidades humanitárias e sociais e ajudar a estabilidade macroeconómica da Ucrânia.

Denys Shmyhal assinalou também em Washington o desejo da Ucrânia em pertencer “à família europeia”, assegurando que “96% dos ucranianos” desejam este caminho e estão empenhados em “fazer parte do mundo civilizado e não de uma União Soviética ou de um império russo”.

Já o secretário de Estado norte-americano, garantiu que os EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia e a fornecer “a assistência necessária, militar, económica e humanitária”.

“Continuamos, em coordenação com os nossos parceiros e aliados, exercendo uma pressão significativa sobre a Rússia para encerrar a sua agressão”, sublinhou Blinken.

Antes da reunião entre Shmyhal e Blinken, o governante ucraniano manteve outros encontros com outros membros do governo norte-americano, como o secretário de Transportes, Pete Buttigieg, ou a administradora da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, para pedir o apoio através destes departamentos para a reconstrução da Ucrânia.

Esta semana, Denys Shmyhal também se encontrou com o chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, e participou numa reunião sobre a situação financeira da Ucrânia com a responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial (BM), David Malpass.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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