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PME confiantes em crescimento até 30% nos próximos três anos, conclui inquérito

A primeira edição do barómetro “Heróis PME”, elaborado pela consultora Yunit Consulting, envolveu 217 pequenas e médias empresas nacionais. Pandemia e guerra reforçou “sentimento e necessidade de apostar em parcerias de negócio.
11 Maio 2022, 15h56

Mais de metade das pequenas e médias empresas portuguesas (PME) estão confiantes no crescimento nos próximos três anos, apesar do contexto de guerra na Europa, inflação e retoma económica após a pandemia, concluiu um inquérito elaborado pela consultora Yunit Consulting.

Cerca de 50% dos gestores das 217 PME portuguesas inquiridas anteveem um crescimento entre 10% a 30%, nomeadamente por causa da aposta na digitalização e dos apoios comunitários, segundo a primeira edição do barómetro “Heróis PME” divulgada esta quarta-feira.

Entre os participantes neste estudo, 87,1% admitiu ter interesse em incentivos financeiros como o programa Portugal 2020/2030 ou o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) – bem mais do que o financiamento bancário (64,1%) ou fundos de investimento (51,2%).

“Após a leitura atenta dos resultados, é possível afirmar que as empresas estão dispostas a enfrentar os desafios que se avizinham para construir um futuro mais sustentável e digital, que a maioria saiu fortalecida no pós-pandemia e que as perspetivas de crescimento para os próximos três anos são animadoras. Por outro lado, é de salientar que saiu reforçado o sentimento e a necessidade de apostar no estabelecimento de parcerias de negócio, bem como de olhar de forma mais atenta para temas como avaliação e gestão de risco ou plano de continuidade de negócio”, comenta Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting.

O consultor ressalva ainda que a grande maioria (80%) das empresas que responderam ao inquérito fizeram-nos já depois da invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro. “Isto permite-nos concluir que o sentimento de confiança partilhado pelos empresários já teve em conta o contexto atual económico e geopolítico. Este facto reforça a nossa visão sobre a grande resiliência que caracteriza as nossas pequenas e médias empresas”, afirma Bernardo Maciel.

O barómetro revela ainda que, para 69,6% dos empresários, a sustentabilidade tornou-se num tópico mais importante dentro da organização por causa da Covid-19, tendo a relevância da avaliação e gestão de risco aumentado em 26,8% face ao período pré-pandemia.

Sem surpresas, o mesmo aconteceu com a transformação digital: 50,7% dos gestores disse que a pandemia acelerou este processo e 62,7% reconheceu que a adoção de uma estratégia de digitalização tem influência na vantagem competitiva da sua empresa.

“Entre os principais fatores que contribuíram para enfrentar os desafios de mercado atuais, 95,8% dos gestores salientam a capacidade de adaptação e empenho dos colaboradores. concordando também que a sua empresa saiu fortalecida no contexto pandémico (69,7%)”, lê-se ainda no relatório.

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