Depois de seis meses em “terreno negativo”, em janeiro o índice de gestores de compras (PMI) da zona euro regressou ao outro lado da linha de água. As perspetivas económicas para a área da moeda única continuam, assim, a melhorar, escapando ao cenário mais negro que chegou a ser previsto.
De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira pelo S&P Global, no primeiro mês do ano, o indicador composto para a zona euro fixou-se em 50,3, acima dos 49,3 registados em dezembro. Esta foi a terceira subida consecutiva do PMI, com o sector dos serviços a contribuir de forma relevante para esta trajetória, é destacado.
Já entre os países para os quais há dados disponíveis, foi a Irlanda que registou o melhor desempenho, mas também Espanha e Itália verificaram melhorias na sua atividade. Já a economia alemã estabilizou, de modo geral, enquanto o sector privado francês contraiu ligeiramente.
No conjunto da zona euro, nota o S&P Global, o crescimento económico foi prejudicado por uma procura enfraquecida. Além disso, as empresas sinalizara que as exportações têm sido desafiantes.
Quanto ao emprego, a criação de postos de trabalho melhorou na globalidade dos sectores, no arranque do ano de 2023. O mercado continua, assim, a mostrar resiliência, ainda que em Portugal o desemprego já esteja a subir. Por outro lado, no que diz respeito à inflação, registou-se uma desaceleração.
Por fim, de olhos no futuro, os empresários da zona euro estão hoje mais otimistas quanto aos próximos 12 meses. “O nível de sentimento positivo melhorou para um máximo de nove meses”, realça o S&P Global. Esse indicador está ainda abaixo dos números registados antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.