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Polícia israelita recomenda acusação de corrupção para Benjamin Netanyahu

As autoridades alegam que o primeiro-ministro é suspeito de tentar obter uma cobertura favorável do site de notícias “Walla” em troca de favores do Governo, que podem ter gerado centenas de milhões de dólares à Bezeq, o principal grupo de telecomunicações de Israel e proprietário do site de notícias.
  • REUTERS/Dan Balilty
2 Dezembro 2018, 10h25

A polícia de Israel encontrou indícios suficientes para acusações de corrupção e fraude contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a sua esposa num caso de corrupção contra o líder israelita, segundo revela a agência “Reuters” este domingo.

As autoridades alegam que Benjamin Netanyahu terá concedido favores à Bezeq Telecom Israel em troca de uma cobertura noticiosa mais positiva do próprio e da sua mulher, através do site de notícias, “Walla”, da empresa telecomunicações israelita .

“Estou certo de que, neste caso, as autoridades competentes, após terem examinado a questão, chegarão à mesma conclusão: que não havia nada, porque não há nada”, referiu o primeiro-ministro num comunicado de imprensa.

Caso seja acusado, Benjamin Netanyahu enfrenta um dos maiores desafios para a sua sobrevivência política. Apesar do seu domínio na política israelita (quatro mandatos), a mais recente recomendação da polícia surge depois da sua coaligação de direita ter sido reduzida a um assento precário no parlamento.

Numa declaração conjunta com a Autoridade de Segurança de Israel, a polícia disse que também encontrou indícios suficientes para acusar o acionista maioritário da Bezeq de suborno, bem como outros funcionários da empresa.

“A principal suspeita é de que o primeiro-ministro aceitou subornos e agiu em conflito de interesses, intervindo e tomando decisões favoráveis ​​a Shaul Elovitch e à Bezeq e, paralelamente, exigiu direta e indiretamente que interferisse no conteúdo do site da “Walla”, de forma a poder “sair beneficiado”, lê-se no comunicado.

Um porta-voz de Benjamin Netanyahu diz não haver uma base legal para as recomendações da polícia e que, em última análise, nada sairá desta investigação. Este é já o terceiro caso de corrupção em que a polícia israelita recomenda o indiciamento do primeiro-ministro do país.

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