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Polícia italiana impede ciberataques pró-russos durante votações da Eurovisão

 Os ‘hackers’ do grupo pró-russo ‘Killnet’ e da sua filial ‘Legion’ tentaram infiltrar-se na noite de abertura e durante a final desta 66.ª edição do Festival da Eurovisão, nomeadamente no processo de votação, disse a Polícia Nacional Italiana, citada pela agência espanhola EFE, indicando que foi reforçada a colaboração com a Radiotelevisão Italiana — RAI “para garantir a segurança durante eventos internacionais”.
15 Maio 2022, 13h04

A polícia italiana conseguiu impedir vários ciberataques de um grupo pró-russo durante a votação e noutros momentos do Festival da Eurovisão da Canção, que foi ganho pela Ucrânia, foi este domingo anunciado.

Os ‘hackers’ do grupo pró-russo ‘Killnet’ e da sua filial ‘Legion’ tentaram infiltrar-se na noite de abertura e durante a final desta 66.ª edição do Festival da Eurovisão, nomeadamente no processo de votação, disse a Polícia Nacional Italiana, citada pela agência espanhola EFE, indicando que foi reforçada a colaboração com a Radiotelevisão Italiana — RAI “para garantir a segurança durante eventos internacionais”.

“A atividade preventiva levada a cabo pela polícia com base na análise das informações recolhidas dos canais de mensagens do grupo pró-russo também permitiu retirar importantes informações de segurança, já compartilhadas com a RAI, para a prevenção de novos eventos críticos”, asseguram as autoridades policiais em comunicado.

A polícia criou uma sala de operações dedicada à Eurovisão, na qual trabalhavam, 24 horas por dia, técnicos e especialistas da polícia do Centro Nacional de Anticrime Informático para a Proteção de Infraestruturas Críticas (CNAIPIC), o que permitiu neutralizar os ataques.

No total, foram feitas mais de mil horas de monitorização por mais de uma centena de especialistas que acompanharam a rede e analisaram milhões de dados computacionais das diferentes plataformas sociais.

“Durante estas atividades foram levadas a cabo milhões de análises e dados de IP suspeitos, o que permitiu traçar procedimentos relevantes, graças aos quais se mitigaram e repeliram os ataques”, lê-se no mesmo comunicado.

Em concreto, adiantaram as autoridades, mitigaram-se vários ataques do tipo DDOS, dirigidos contra as infraestruturas da rede durante o processo de votação e de interpretação das canções.

A partir da análise das provas, o CNAIPIC identificou vários computadores portáteis ‘zombies’ utilizados para os ciberataques. Numa análise e investigação posteriores foi delineado o mapa geográfico dos ataques vindos do exterior.

A Ucrânia venceu o 66.º Festival Eurovisão da Canção, realizado em Turim, Itália, com “Stefania”, pela Kalush Orchestra.

A vitória da Ucrânia, a terceira na Eurovisão, deveu-se essencialmente à votação popular, não tendo o Reino Unido, que venceu na votação dos júris nacionais, conseguido ultrapassar os 631 votos da Ucrânia, 439 deles dados pela votação popular.

A 66.ª edição do festival, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, incluía inicialmente 41 países, mas a União Europeia de Radiodifusão, que promove o concurso, anunciou em 25 de fevereiro, um dia após a invasão da Ucrânia, que a Rússia iria ficar de fora.

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