Três oficiais de polícia portugueses, integrados na primeira equipa policial de elite de peritos em contraterrorismo da Europol, já estão nos campos de refugiados na Grécia, junto à fronteira com a Turquia, avança hoje o Diário de Notícias.
A missão passa por recolher informações e identificar potenciais terroristas, ou outros criminosos, que se tentem infiltrar entre os migrantes que aguardam resposta aos seus pedidos se asilo.
Este primeiro grupo-piloto é constituído por dez oficiais de polícia de vários países, entre os quais se encontram três portugueses pertencentes à PSP.
O objetivo da Europol é formar uma equipa de 150 a 200 oficiais a serem destacados, nos próximos meses, para o máximo de pontos na Grécia, onde a pressão da chegada de refugiados vindos da Turquia é cada vez maior.
Nesta primeira fase, os oficiais estão a trabalhar nos campos de refugiados situados na linha da frente da fronteira com a Turquia, situados nas ilhas de Lesbos, Chios, Samos, Leros, Agathonisi, Calímnos, Kos e Castelorizo.
Segundo dados oficiais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre janeiro e 22 de setembro chegaram à Grécia por via marítima, a partir da Turquia, 166 mil refugiados (857 mil em 2015). A Grécia tem atualmente no seu território cerca de 61 mil migrantes, a maior parte dos quais sírios (48%), afegãos (25%), iraquianos (15%), paquistaneses (5%) e iranianos (3%).