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Politécnico coloca Guarda na rota da investigação e inovação em logística

Laboratório Colaborativo na área da Logística vai juntar investigadores para estudar a rede de circuitos logísticos da região da Guarda e, num horizonte mais vasto, do país. A investigação é a outra face da estratégia do Instituto, que tem vindo a apostar no reforço da oferta formativa nesta área de especialidade.
15 Maio 2022, 21h00

A cidade dos três “efes”, a fria, farta e fiel Guarda, no extremo nordeste da serra da Estrela, a meia hora da fronteira de Vilar Formoso, vai ancorar o primeiro porto seco português, que será o núcleo de um ecossistema logístico no meio da Pensínsula Ibérica. O projeto, dizem os responsáveis, reproduzirá no interior e na fronteira com Espanha as mesmas condições de envio e de chegada de mercadorias dos portos do litoral. Promete impulsionar o desenvolvimento da economia da região.

O Politécnico da Guarda está a bordo com ensino e investigação. Peça fundamental da estratégia da instituição presidida por Joaquim Brigas é o Laboratório Colaborativo (CoLAB LogIN), desenvolvido em parceria com empresas e instituições públicas e privadas da área da logística, que se prepara para dar o primeiro passo.

“Iremos formalizar a criação do CoLAB e iniciar atividade durante os próximos dois meses”, revela André Garcia Sá, professor no Politécnico da Guarda e coordenador da candidatura à Fundação da Ciência e Tecnologia, (FCT), que vai financiar a infraestrutura com 1,3 milhões de euros.

No âmbito do projeto, o Politécnico e as empresas e organismos parceiros vão colaborar entre si e estudar em conjunto as redes e os fluxos logísticos da região e do país. “A inovação a que o CoLAB LogIN se propõe será testada e implementada em diversas infraestruturas físicas que servirão como autênticos laboratórios do CoLAB LogIN”, adianta André Garcia Sá ao JE Universidades. Entre estas contam-se a Parque TiR, a Plataforma Logística, o Terminal ferroviário e o Porto Seco.

Na fase de arranque, o laboratório ficará residente no Politécnico, mas outras instalações poderão vir a ser-lhe afetas, o que dependerá, segundo aquele responsável, da evolução do laboratório relativamente à contratação de recursos humanos e à comercialização de produtos e serviços.

O presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, tem referido que o Laboratório Colaborativo “irá produzir ciência para a actividade empresarial de todo o país e, também, fornecer dados e evidência aos decisores públicos para que desenhem políticas que favoreçam o desenvolvimento do interior e do país no seu conjunto”.

Certo é que a infraestrutura colocará o Instituto no mapa das instituições de ensino e investigação em logística que contam. Este é, de resto, o propósito da aposta dos últimos anos que já fez nascer um Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) e, mais recentemente, a pós-graduação em Logística.

O Politécnico da Guarda compromete-se com o levantamento dos recursos humanos deste “cluster” do tecido empresarial, da sua estrutura de serviços e da sua oferta. É um exemplo de como a interioridade pode torna-se uma oportunidade.

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