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Poluição: “Os nossos céus vão voltar a ser azuis”, promete primeiro-ministro chinês

Após três décadas de desenvolvimento económico desenfreado, a China vê-se a braços com vagas constantes de poluição atmosférica, que esteve na origem de mais de 1 milhão de pessoas em 2012.
5 Março 2017, 09h46

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, prometeu este domingo que o país “vai trabalhar rapidamente” para reduzir os níveis gritantes de poluição. Depois de ter sido decretado várias vezes o alerta máximo pela acumulação de gases tóxicos nos últimos meses, o Governo quer um melhor controlo sobre a exploração de carvão e energia, bem como cortes na circulação rodoviária.

A par com a corrupção e desigualdade social, as constantes vagas de poluição são umas das principais causas de descontentamento popular na China. No relatório apresentado na Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, Li Keqiang firma que as “pessoas estão desesperadamente à espera” de um progresso mais rápido na melhoria da qualidade do ar.

“Vamos tornar os nossos céus azuis outra vez”, prometeu Li Keqiang.

O primeiro-ministro chinês quer, por isso, modernizar as centrais a carvão e integrar as fontes de energia renovável na rede de distribuição elétrica. Também a circulação rodoviária vai ter de seguir novas regras. Todos os veículos com altos níveis de emissão serão impossibilitados de circular e os outros conheceram uma série de restrições. A ideia é que as emissões de dióxido de enxofre e óxido de azoto fiquem abaixo dos 3%.

Após três décadas de desenvolvimento económico desenfreado, a China vê-se a braços com vagas constantes de poluição atmosférica, que esteve na origem de mais de 1 milhão de pessoas em 2012.

O primeiro dia do novo ano ficou marcado pelo regresso de um espesso manto de gases tóxicos resultante dos elevados níveis de poluição, que ultrapassaram 24 vezes os níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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