Porque a Lego entrou em crise?

A crise tomou conta do mundo de sonho da Lego. Na última década, a marca dinamarquesa fez as delicias de milhões de consumidores com produtos que vão desde o castelo de gelo contilante da “Elsa” até ao “Assalto Imperial” da Guerra das Estrelas. No fundo, foi como se as consolas de jogos e os ‘smartphones’ nunca tivessem existido.

Só que agora a realidade é outra. A empresa anunciou o corte de 1.400 empregos, provocados por uma queda de 5% nas vendas no primeiro semestre. Lutz Muller, um consultor para brinquededos citado pela Bloomberg, explica que a Lego enfrenta a poderosa concorrência da Mattel e da Hasbro, no segmento das figuras de ação, como o Batman, por exemplo.

“Estamos a perder impulso e também a produtividade”, disse o presidente Jorgen Vig Knudstorp, em teleconferência. “Construímos uma organização cada vez mais complexa e isso pode levar à nossa estagnação, e até mesmo ao declínio”.

Tudo começou em 1932 quando um humilde carpinteiro dinamarquês, de nome Ole Kirk Christiansen, começou a fabricar carrinhos de madeira artesanais para o seu filho brincar, acabando por se transformar numa empresa de brinquedos.

Em 1934 a sua empresa passou a chamar-se Lego, que teve origem nas palavras “legt” e “godt”, cujo significado é “brincar bem”.

Com o aparecimento do plástico, a Lego adaptou-se e começou a fazer brinquedos nesse novo material. Um desses primeiros brinquedos era um camião que se podia montar e desmontar. A empresa foi evoluindo ao longo dos anos, conquistou mercado em mais de uma centena de países e tornou-se um brinquedo que passou de geração em geração.

No entanto, os colecionadores da marca têm um novo motivo para comemorar. A Lego acaba de lançar a nova Millennium Falcon, réplica da aeronave utilizada nos filmes mais recentes da saga “Star Wars”. Este é o maior modelo lançado pela empresa, e também o mais caro. Ao todo são 7.541 peças e custa 800 dólares.