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#NãoSejasPato. Portal da Queixa quer ajudar os portugueses a fazer compras seguras na Black Friday

Estima-se que, nesta Black Friday, 40% dos portugueses faça as suas compras online. Com base nesta estimativa, o Portal da Queixa emitiu um guia de compras em segurança, que vai desde a hora do pagamento até à receção da encomenda e respetiva inspeção.
27 Novembro 2020, 10h05

Devido aos confinamentos impostos a nível mundial provocados pela pandemia de Covid-19, o comércio eletrónico explodiu e é hoje a principal opção na hora de fazer compras. Como consequência, as burlas e as fraudes online multiplicaram-se sendo cada vez mais importante ter cuidados redobrados no momento de fazer compras online. O Portal da Queixa lançou a campanha ‘#NãoSejasPato’ que pretende aumentar a literacia digital da população e evitar que caia em burlas e esquemas fraudulentos.

Estima-se que, nesta Black Friday, 40% dos portugueses faça as suas compras online. Com base nesta estimativa, o Portal da Queixa emitiu um guia de compras em segurança, que vai desde a hora do pagamento até à receção da encomenda e respetiva inspeção.

Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa, explica que “o objetivo principal é ajudar a aumentar o conhecimento e a capacidade dos consumidores portugueses, comprarem em segurança através da internet, tendo em conta a conjuntura atual, devido à pandemia de Covid-19, onde a maioria dos cidadãos foi obrigada a transitar dos canais físicos e tradicionais, para o mundo digital sem deter o nível de experiência suficiente para contornar os perigos que espreitam a cada clique. Enquanto comunidade online de consumidores, entendemos ter o dever de contribuir para uma sociedade mais consciente e informada, onde todos os intervenientes participam na construção de um ecossistema de consumo justo e equilibrado”.

 

O acesso à internet

Para aceder a lojas online, seja através do computador ou do telemóvel, é essencial ter em atenção se estamos conectados a uma rede fidedigna. Portanto, tenha maior cuidado com os pontos de acesso públicos à internet, como por exemplo os centros comerciais, os transportes públicos ou restaurantes. Através da ligação à internet, por via de uma rede que não é sua, saiba que pode estar a fornecer o acesso às suas contas bancárias e permitir a instalação de pequenos fragmentos de código conhecidos como Trojan Horse (cavalo de Troia), que passam a controlar o seu equipamento em modo fantasma, sem que se aperceba. Opte sempre por aceder através de dados móveis, quando pretende efetuar uma compra online.

Distinguir um site fidedigno de um falso

Este talvez seja o maior desafio do comum dos consumidores. É um processo de análise que requer alguma experiência, conhecimento e perícia. O ideal será sempre optar por lojas online de reconhecida idoneidade, contudo mesmo optando pela marca mais conhecida, não somos alheios ao engano. É fundamental ter em atenção às variações nos nomes dos URL (endereço do site), muitas vezes há trocas acidentais de letras nos nomes das lojas para enganar os visitantes, ao escrevem mal os nomes das lojas. Por exemplo, trocarem o nome de www.worten.pt para www.wortem.pt.

Procure sempre pelo certificado de segurança do site, que se encontra ao lado do endereço (URL) sob forma de um cadeado, acompanhado pelo protocolo de acesso https://, onde a letra “s” representa que o site é seguro. De salientar que os certificados podem ser adquiridos com dados falsos, contudo é sempre mais uma barreira que os criminosos têm de ultrapassar.

Pesquise sempre antes de comprar

A pesquisa é atualmente, a maior arma ao alcance dos consumidores para evitarem ser enganados. Além de gratuita, serve para eliminar potenciais burlas, através da partilha de experiências de outros consumidores e pode ser efetuada tanto pelos motores de pesquisa como o Google, como por plataforma de partilha entre consumidores como o Portal da Queixa e assim, evitar cair que nem um patinho nas armadilhas online.

A capacidade de pesquisar antes de comprar, pode ser altamente lucrativa na comparação de preços de venda. Com o constante aumento da oferta através da internet, é normal encontrar preços diversos para o mesmo produto. O acesso a plataformas como o KuantoKusta, podem representar uma enorme redução do custo de aquisição da sua compra, além de lhe conferir mais confiança na escolha do vendedor.

Procure sempre pelos dados do vendedor, como a morada, a designação social e um telefone fixo. No caso da compra não correr como esperado, sem estes elementos não conseguirá no futuro identificar o proprietário do negócio e salvaguardar os seus direitos enquanto consumidor. A maioria das lojas online no Facebook e Instagram, são de vendedores particulares, por isso, opte sempre por comprar a empresas devidamente registadas.

Leia sempre com atenção os termos e condições de venda

Antes de avançarmos para o carrinho de compras, é essencial estar atentos às políticas de devolução praticadas pela Loja Online de forma a evitar surpresas quer com o processo logístico quer com a restituição dos valores pagos. Os CTT, que são responsáveis por mais de 50% da entrega das encomendas em Portugal, aconselham que verifique sempre os prazos de entrega antes de comprar, para ter a certeza que a sua encomenda chega no tempo expectável. Lembre-se que dispõe de 14 dias para devolver o produto em caso de arrependimento, no entanto, deve de estar a par das condições de devolução, para que não lhe cobrem os custos de envio.

O mais importante: o pagamento

Utilizar um método de pagamento seguro, rápido e de fácil identificação é essencial para reduzir o risco de tornar a compra num pesadelo. A transferência bancária continua a ser a forma mais segura de fazer um pagamento, pois identifica o nome do titular da conta para quem está a transferir dinheiro (daí que seja tão importante saber o nome da empresa por detrás da loja onde está a comprar).

O dia de receber a sua encomenda

Ao receber a sua encomenda certifique-se sempre que a embalagem não foi violada ou se verificar que está danificada, tem duas opções: rejeitar a encomenda e declarar na guia de transporte ao estafeta que “Não recebi a encomenda porque a embalagem está danificada”. Tire uma fotografia, onde seja possível visualizar o código da encomenda e contacte de imediato a loja onde efetuou a sua compra.

receber a encomenda fazendo a mesma ressalva na guia que o estafeta lhe pede para assinar. Fotografe a embalagem antes de abrir e o conteúdo em vários ângulos. Após verificar o estado dos produtos, entre em contacto com o vendedor no máximo no prazo de 24h. Em ambos os casos, convém guardar todas as comunicações com o vendedor (emails, fotografias, telefonemas, etc).

Partilhe a sua experiência com outros consumidores

A partilha é fundamental para aumentar o conhecimento e a segurança junto de outros consumidores que irão certamente procurar por experiências como a sua, antes de decidirem comprar. Além dessa vantagem, as avaliações de satisfação são um importante mecanismo, para as marcas melhorarem os seus processos de venda e atendimento ao cliente. Sem eles, não é possível ter uma real perceção do estado do mercado.

Se a coisa não correr bem, comece por reclamar diretamente com o vendedor, se mesmo assim não se resolver, pode sempre recorrer a entidades como o Portal da Queixa ou mesmo a ASAE, através dos mecanismos legais como o Livro de Reclamações.

Caso seja um caso de burla ou fraude informática, faça SEMPRE a queixa às autoridades policiais como a GNR ou a PSP.

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