Ao quinto orçamento de António Costa e de Mário Centeno as memórias da legislatura passada não chegaram para que os antigos parceiro de “geringonça” à esquerda do PS se comprometessem com a viabilização do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), pedindo mais de uma relação que, se não chegou ao fim, está em crise desde as legislativas. A aprovação da proposta de lei joga-se na especialidade, enquanto o Governo tenta cativar, num sentido em nada igual ao das cativações orçamentais, os três deputados do PSD-Madeira, num cenário que faz lembrar o ‘Orçamento do Queijo Limiano’ a que António Guterres recorreu em 2000.
Apesar de Centeno ter dito ontem, em entrevista à TVI, que não vê riscos de que “exista um risco que possa alterar a trajetória das contas públicas” na negociação com os partidos necessários para garantir a aprovação, o OE2020 não agradou a todos. E em particular ao Bloco de Esquerda, que manteve o sentido de voto em aberto, avisando que, se existe um saldo positivo, parte dele pode destinar-se a áreas reivindicadas pelos bloquistas, como o investimento e a energia.
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