O porto de Lisboa liderou as cargas de mercadorias agroalimentares em Portugal em 2020, com destaque para a movimentação de soja, que atingiu quase um milhão de toneladas no ano passado.
“O porto de Lisboa registou em 2020 um total de 4.656.555 toneladas (3.496.261 em descarga e 1.169.294 em carga) na movimentação de granéis sólidos, destacando-se entre estes os produtos destinados à produção agroalimentar, posicionando Lisboa como o porto nacional líder neste segmento”, revela um comunicado da APL – Administração do Porto de Lisboa.
Lídia Sequeira, presidente do Porto de Lisboa, afirma que “durante a pandemia, este desempenho na movimentação de granéis sólidos, com impacto decisivo no abastecimento alimentar dos portugueses, revela a importância estratégica do porto de Lisboa e a sua liderança no panorama dos portos nacionais no sector agroalimentar.”
Segundo o referido comunicado, “não obstante a ligeira quebra de 5% nos granéis sólidos, face ao período homólogo de 2019, algumas tipologias de granéis, no sector agroalimentar, como a cevada, o malte e a soja cresceram significativamente, com esta última a atingir valores nunca atingidos nos últimos dez anos”.
Na verdade, “o tráfego de soja, à importação, verificou um incremento de 10% face a 2019, sendo o quinto melhor registo dos últimos 21 anos e o melhor da última década”.
“A soja é importada, na sua maioria do Brasil e Estados Unidos, e tem como destino a utilização em óleo de soja para alimentação humana, farinhas e bagaços para rações de animais e produção de ‘biodiesel’, em duas instalações localizadas no porto de Lisboa, em Palença e em Alhandra”, adiantam os responsáveis do porto de Lisboa.
A APL destaca ainda “as boas prestações, na importação, na movimentação de cevada (+33%) e, na exportação, de alte (+125%), sendo a cevada utilizada, na fabricação de cerveja e ainda utilizada em alimentação animal como forragem, enquanto o malte tem como principal destino a fábrica da Central de Cervejas na Nigéria”.
Por seu turno, “a cevada tem o Reino Unido e França como os países de origem”.
“O ano passado, a colza registou igualmente um crescimento de +19% face a 2019. As principais utilizações de colza são para produção de ‘biodiesel’ e de rações animais, tendo a mesma como país de origem a Ucrânia”, esclarece o mesmo comunicado.
Por fim, “o clínquer, usado para obter cimento, foi outro dos produtos que, no segmento dos granéis sólidos, e na exportação, registou uma evolução positiva de +22%, sendo os seus principais destinos a Colômbia e países da costa ocidental africana”, conclui o comunicado da APL.
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