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Portos nacionais em quebra de 5,8% até ao final de novembro

Nos primeiros onze meses de 2019, o porto de Sines é um dos principais responsáveis pelo desempenho negativo, com quebras de -5,25 milhões, em termos globais.
  • Yiorgos Karahalis/Reuters
22 Janeiro 2020, 14h44

As mercadorias movimentadas pelos portos do Continente movimentaram 80 milhões de toneladas até ao final de novembro de 2019, o que representou uma quebra de 5,8%, menos 4,96 milhões de toneladas, do que no período homólogo de 2018.

“No entanto, e comparativamente apenas ao mês de novembro 2018, registou-se uma ligeira subida de 0,2%”, ressalva um comunicado da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

Nos primeiros onze meses de 2019, o porto de Sines “é um dos principais responsáveis pelo desempenho negativo, com quebras de -5,25 milhões, em termos globais”, enquanto os portos de Viana do Castelo, Leixões e Setúbal “apresentaram, no seu conjunto, comportamentos positivos, num total de 550 mil toneladas, não conseguindo, mesmo assim, anular o desempenho negativo dos restantes portos”.

Mesmo assim, “Sines continua a manter a liderança do segmento dos contentores, com uma quota correspondente a 52,2% do total”.
“Sines é o principal responsável pelo desempenho negativo, com quebras de 5,25 milhões [de toneladas], em termos globais. Estas quebras assinalam-se, sobretudo, nos mercados da carga contentorizada, carvão e petróleo bruto, totalizando quase  menos 7,2 milhões de toneladas, correspondente a 84,9% do total das quebras observadas nos vários mercados com comportamentos negativos”, destaca o referido comunicado.

A AMT assinala ainda que, “dos restantes portos com comportamentos negativos, salienta-se o porto de Aveiro cujo acumulado no mês anterior traduzia a melhor marca de sempre, e no período de janeiro a novembro de 2019 reflete um recuo de 2,2%, em resultado de uma quebra homóloga de 32% no mês de novembro”.

“O porto de Sines continua a liderar o volume de carga movimentada, não obstante os recuos verificados nos últimos meses, com uma quota de 48,2% (-3,4 pontos percentuais face ao que detinha no período homólogo de 2018), seguido de Leixões (22,4%), Lisboa (13,1%), Setúbal (7,3%) e Aveiro (6,2%)”, resume a AMT.

O mesmo comunicado adianta que no segmento de contentores, entre janeiro e novembro deste ano, se registou uma quebra global de 8% no volume de TEU (medida padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento), apresentando um movimento total de 2,53 milhões de TEU.

“Este desempenho é explicado pelo comportamento negativo de Sines, ao registar  menos 282,7 mil TEU, correspondente a uma redução de 17,6% face a igual período de 2018. Importa recordar o peso que o tráfego de ‘transhipment’ representa no volume de contentores movimentados em Sines, que, apesar de ter vindo a diminuir nos últimos meses, acumulando em novembro uma redução de 27,6%, ainda representa 68,2% do total no porto. Por outro lado, o volume de TEU com origem e destino no ‘hinterland’ do porto regista um crescimento de 16,9%”, resume o comunicado da AMT.

O órgão regulador do setor dos transportes adverte que, “não obstante o seu comportamento negativo, Sines mantém a liderança neste segmento de mercado, com uma quota de 52,2%, inferior em 6,1 pontos percentuais à que registava no período homólogo de 2018, seguido por Leixões com 25,2%, Lisboa com 16,9%, Setúbal com 5% e Figueira da Foz com 0,8%”.

“No que respeita ao movimento de navios, comparativamente ao período janeiro-novembro de 2018, os onze primeiros meses de 2019 observaram um acréscimo de 0,7% no número de escalas (9.811 escalas) e uma diminuição no volume de arqueação bruta de 0,2% (para cerca de 188,9 milhões [de toneladas]). O porto de Lisboa foi o que mais influenciou este comportamento positivo ao registar um acréscimo homólogo de 157 escalas (+7%), seguido dos portos de Douro e Leixões com mais 25 (+1,1%), Viana do Castelo com mais 16 (9,3%) e Sines com 10 (+0,5%).

“Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto ‘exportador’, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 63,8%, 69,1%, 53,6% e 100%, respetivamente. No seu conjunto, estes quatro portos representam uma quota de carga embarcada de 14,8% (9,9% destes respeitam a Setúbal)”, conclui o comunicado da AMT.

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