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Portuenses mais otimistas com futuro do país, lisboetas mais pessimistas

Ao mesmo tempo, a perceção dos portugueses sobre a situação do país e pessoal piorou face a outubro de 2021. Contudo, opinião negativa dos cidadãos quanto à situação de Portugal está longe da registada com o surgimento da pandemia.
24 Maio 2022, 13h00

A maioria dos portugueses (59%) está preocupada com o futuro da economia do país. Esta preocupação é mais acentuada nos cidadãos entre os 55 e os 74 anos  (64%) e nos residentes da região de Lisboa (67% em relação a 58% do Porto).

Segundo o estudo “Consumo em tempos de inflação”  do Observador Cetelem, o poder de compra é a segunda fonte de preocupação dos portugueses (57%). Os indivíduos com menos de 24 anos são os menos preocupados com este tópico, sendo que a preocupação com o seu futuro profissional surge em segundo lugar (54%). A nível global, seguem-se as desigualdades sociais (53%) e a situação internacional de crises e guerra (53%), às quais se soma a preocupação com a sua saúde pessoal no caso dos inquiridos com mais de 65 anos (58%).

O futuro do planeta (51%) fecha o top cinco das principais preocupações da maioria dos inquiridos, mas é a segunda maior fonte de preocupação entre os residentes da região Sul (59%).

A vida pessoal (familiar, amorosa e social) é o tema que menos preocupa os portugueses (38%). “Neste domínio, os inquiridos das faixas etárias entre os 65 e os 74 anos são os que estão menos preocupados (30%) e os inquiridos com idades entre os 35 e os 44 anos (44%) e os 55 e 64 anos (44%) aqueles que ainda assim demonstram ter alguma preocupação relativamente ao tema. Observando as respostas por regiões, os inquiridos residentes a Sul do país são os menos preocupados (24%) com este tema, ao contrário dos residentes do Norte do país (42%)”, informa a nota.

Ao mesmo tempo, a perceção dos portugueses sobre a situação do país e pessoal piorou

A opinião negativa dos portugueses quanto à situação atual do país piorou face a outubro de 2021 (35% comparativamente a 22%). Não obstante, esta perceção está longe da registada com o surgimento da pandemia, que chegou a acolher 72% de opiniões negativas em novembro de 2020. Em termos geográficos, o Porto é a região que melhor avalia a situação do país (28% em relação a 22% em Lisboa).

A perceção da sua situação pessoal também piorou, registando 34%, em comparação a 21% em outubro de 2021. “Relativamente a esta questão, o estudo indica que os inquiridos com 55 ou mais anos e de famílias em que o rendimento do agregado normalmente é inferior tendem a dar notas mais baixas à sua situação pessoal atual. Geograficamente, os portugueses que vivem na região Norte são os mais positivos face à sua situação pessoal (35%), seguindo-se os residentes da zona Centro (28%) e da zona Sul do país (26%)”, conclui o documento.

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