“Portugal a crescer mais do dobro da zona euro”. Governo satisfeito com cenário otimista (com áudio)

O Governo mostrou-se bastante satisfeito com a previsão lançada esta quarta-feira pela OCDE, depois do organismo indicar que a economia portuguesa vai crescer 2,5% este ano.

Em comunicado, o Executivo indica que os dados para Portugal são “bastante acima da previsão para a zona euro (0,9%) e mesmo da média dos países que integram a própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (1,4%).

Os dados lançados pela organização colocam “Portugal a crescer mais do dobro da zona euro”.

Economia portuguesa vai crescer 2,5% em 2023, enquanto a zona euro se ficará pelos 0,9%. #Salários reais dos portugueses foram dos menos afetados pela crise energética em 2022.
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— República Portuguesa (@govpt) June 7, 2023

Em novembro do ano passado, a OCDE tinha apontado “um crescimento bem mais modesto da economia portuguesa” para o presente ano, previsto um crescimento de 1%. Agora, a OCDE “junta-se a outras organizações internacionais a rever em alta as projeções para o nosso país, tendo em conta o bom desempenho de diversos indicadores nos últimos meses, como as exportações”, indica o Governo.

A República Portuguesa lembra ainda outras projeções otimistas. No passado mês de maio, a Comissão Europeia previu um crescimento de 2,4% para o presente ano, quando a previsão de janeiro apontava apenas para 1%.

Também o FMI tinha apontado um crescimento modesto de 0,7% mas os últimos dados davam conta de um avanço de 2,6% para 2023.

Ainda citando dados da OCDE, o Executivo congratula-se com os ganhos nos salários. “Os salários reais em Portugal foram os terceiros que menos caíram em 2022, apenas ultrapassados pela Coreia e pelo Canadá”. Assim, “o rendimento real disponível das famílias teve mesmo um crescimento próximo a 2% em 2022”, indica o Governo.

Mas “no que respeita aos apoios às famílias e às empresas, de forma a mitigar os efeitos da crise energética resultante da invasão da Ucrânia, a OCDE coloca Portugal como o quinto país com melhor resposta, em percentagem do PIB, dos 41 países mais desenvolvidos do mundo analisados”.