A uma semana das eleições legislativas, Portugal regista esta sexta-feira mais 34.280 doentes com Covid-19 a cumprir o período de isolamento profilático recomendado pela Direção-Geral de Saúde (DGS). Feitas as contas, segundo o boletim epidemiológico divulgado, estão atualmente 425.910 doentes a cumprir esta quarentena que, no início do ano, baixou de dez para sete dias.
O número deverá, no entanto, aumentar nos próximos dias uma vez que especialistas e as autoridades de saúde consideram que o pico das infeções por Covid-19 (que devia ter sido atingido esta semana) ainda está por acontecer. Na verdade, a ministra da Administração Interna, Francisca van Dunem alertou esta semana que a DGS estima que haja 600 mil pessoas infetadas e/ou em isolamento profilático aquando das legislativas.
O número de isolados desta sexta-feira, — que correspondem aos sucessivos recordes de novas infeções diárias (esta sexta-feira, foram mais de 58 mil) — acompanham as projeções do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães que, ao jornal “Público”, estimou que no conjunto de toda a população, as previsões apontam para “um total de 400 mil pessoas isoladas no final do mês”.
Por sua vez, o Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge (INSA) prevê que o número de cidadãos em isolamento chegue às 720 mil pessoas, ou seja, entre 3% e 7% da população portuguesa.
De acordo com o INSA, a população residente em Portugal é de cerca de 10,3 milhões de pessoas, o que quer dizer que poderão estar isoladas ou em quarentena no dia das eleições entre cerca de 310 mil e 720 mil pessoas.
Baltazar Nunes salientou ainda que a situação epidemiológica a 30 de janeiro, dia em que os portugueses são chamados a eleger os 230 deputados, será, em grande parte, determinada pela eficácia das medidas de contenção implementadas durante a última semana de dezembro e as primeiras de janeiro deste ano.
Assim, os eleitores que se encontrem a cumprir o período de isolamento no dia das eleições têm autorização oficial do Governo para interrompê-lo. Segundo van Dunem, estes cidadãos deverão proceder ao exercício do voto entre as 18h e as 19h do dia 30 de janeiro e cumprir as regras básicas anti-Covid (uso máscaras cirúrgicas ou FP2, distanciamento social, hieginização das mãos e uso de esferográfica pessoal).
Apesar deste horário recomendado pelo Executivo, que se prende por “maior parte dos cidadãos já [terem votado]” referiu Van Dunem, a diretora-geral de Saúde Graça Freitas sublinhou que, apesar de um “horário preferencial” para os isolados, o mesmo não será exclusivo para estes eleitores.
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