Luís Marques Mendes mostrou-se preocupado pelo facto da carga fiscal de Portugal ter sido das que mais aumentou entre os países da OCDE, de acordo com o relatório divulgado pelo organismo esta semana.
“Esta não é uma liderança que nos orgulha. Uma carga fiscal muito alta penaliza a economia, as pessoas e as empresas. A economia porque cresce menos, logo perdem as pessoas, porque com menos economia, crescimento e investimento os salários não crescem como deviam crescer. No ponto de vista das empresas são afetadas na sua competitividade, já para não falar na classe média que é asfixiada com os impostos”, afirmou.
O comentador acrescentou ainda um facto que deve servir de alerta para este crescimento. “No espaço de dez, onze anos foi das que mais subiu no âmbito internacional. Em 2010, correspondia a 30,4% do PIB, onze anos depois subiu para 35,8%, ou seja teve um aumento de 5,4 pontos percentuais e está claramente acima da média da OCDE que está neste momento nos 34,1%”, referiu.
Marques Mendes abordou ainda o abrandamento para 9,9% em novembro da taxa de inflação em Portugal. “É uma tendência ainda muito leve e falta saber se é para se confirmar. É preciso ter prudência, em particular porque esta ligeira tendência de redução da inflação ainda não se traduz em nada na vida das pessoas: seja nas prateleiras dos supermercados ou na habitação com a subida dos juros”, salientou.