[weglot_switcher]

Portugal destinou 1,33% do PIB à I&D no ano passado

A despesa total em Investigação e Desenvolvimento cresceu 197 milhões de euros em 2017, totalizando 2.585 milhões de euros. As empresas lideram.
  • Krisztian Bocsi/Bloomberg
20 Dezembro 2018, 17h55

A despesa total em Investigação e desenvolvimento cresceu 197 milhões de euros em 2017, tendo somado 2.585 milhões de euros, o equivalente a 1,33% do PIB. Segundo o Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional da Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, divulgado esta quinta-feira, a despesa em I&D aumentou 8,2%, sendo superior ao aumento relativo do PIB que está estimado em cerca de 4%.

Em 2016, a despesa total em I&D a nível nacional tinha totalizado 2.389 milhões de euros, representando 1,29% do PIB. E no ano anterior (2015) tinha sido de 2.234 milhões, equivalente a 1,2%.

Os dados mostram que o crescimento da despesa em I&D é particularmente expressivo no setor das empresas, onde em 2017 cresce 146 milhões de euros face a 2016, ou seja, 13%, totalizando 1.303 milhões.

A despesa em I&D das empresas atinge agora cerca de 0,67% do PIB (era 0,61% do PIB em 2016 e 0,58% em 2015) e a despesa em instituições privadas sem fins lucrativos cerca de 0,02% do PIB, representando no total 52% da despesa nacional total em I&D.

Segundo os dados apurados pela Direcção Geral das Estatísticas de Educação e Ciência, a despesa em I&D do setor de Ensino Superior cresceu cerca de 3% no ano passado comparativamente ao ano anterior, para 1.100 milhões de euros, continuando a representar cerca de 0,57% do PIB. Juntamente com o setor Estado representa 0,64% do PIB.

“O aumento da despesa privada em I&D reflete o crescimento do emprego qualificado nas empresas e o esforço do setor privado em acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal”, destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em comunicado enviado às redações.

Segundo o documento foram registados 44.938 investigadores medidos em equivalente a tempo integral, mais 3589 do que em 2016 e o maior valor desde 2012, superando o crescimento de 2677 entre 2016 e 2015.

O Ensino Superior inclui 27.562 investigadores a tempo integral (eram 26.106 em 2016), representando 61% do total, enquanto o setor privado inclui 15.407 investigadores nas mesmas circunstâncias (eram 13.426 em 2016), representando 34% do total.

O número de investigadores no setor privado cresce de 1.981 a tempo integral entre 2016 e 2017. O crescimento verifica-se sobretudo nas empresas, onde atinge 15% entre 2016 e 2017. Já o aumento no ensino superior foi, no mesmo período, de 6%. O número de investigadores no Estado continua a representar cerca de 3% do total, com 1.477 investigadores em 2017 (eram 1.340 em 2016, incluindo sobretudo os Laboratórios do Estado).

O total de recursos humanos em atividades de I&D (isto é, o total de investigadores, técnicos e outros profissionais) atinge 10,5 pessoas por cada mil habitantes ativos, atingindo 54.995  em 2017 (eram 50.406 em 2016 e 47.999 em 2015). De realçar também que, em termos globais, 82% exerceu a função de investigadores (44.938 a tempo inteiro) e 15% desempenharam funções de técnicos (8.026 a tempo inteiro).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.