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Portugal e África: o crescimento das energias renováveis

De 11 a 14 de Junho, o Centro de Congressos de Lisboa recebe a 21ª edição do África Energy Forum. Esta é uma plataforma que permitirá investir no sector energético deste continente.
6 Junho 2019, 07h00

O África Energy Forum é uma conferência para que decisores no sector da energia em África possam fazer parcerias e fomentar o desenvolvimento da indústria. Atualmente no 21º ano de existência, o Fórum é uma plataforma de networking valiosa para os que desejam desenvolver projectos ou investir no sector de energia deste continente.  Este ano, Lisboa será a anfitriã do evento, uma mudança que Simon Gosling, diretor-geral do fórum, vê com particular otimismo: “A mudança do fórum para Lisboa foi calorosamente recebida pelo governo de Portugal, que continua a colocar parcerias, conhecimento e oportunidades económicas nas mãos de todos os que o recebem. Isto é especialmente verdade em países Lusófonos, que têm visto um grande investimento nos seus setores de recursos naturais e energia.”

Com quase 3.000 investidores e partes interessadas em participar no 21º edição do certame, falámos com a empresa líder de energia em Portugal, EDP, sobre o foco do País nas energias limpas e sinergias com África, tópico a ser explorado no fórum. Segundo o diretor executivo da empresa, João Marques da Cruz: “O foco em energias mais limpas apresenta o desafio de desenvolver uma geração descentralizada e envolta numa rede construída com base nas grandes centrais elétricas tradicionais. Isso irá requerer grandes investimentos não só em hardware e equipamentos mas também em inteligência… Esta transição é o maior desafio que se enfrenta em Portugal.” É aqui que a consonância com África e o seu próprio projeto com energias limpas e soluções descentralizadas se torna importante: uma nova onda de energia limpa descentralizada. Em Angola, Moçambique e Cabo Verde, particularmente, a EDP junta-se a parceiros internacionais  para refletir o desenvolvimento interno com oportunidade internacional. João Marques da Cruz acredita ser este “o primeiro passo para seguir um caminho diferente da geração de energia tradicional, promovendo soluções fora-da-rede locais, ou seja, soluções de rede local sustentáveis”. E acrescenta: “Quando pensamos em soluções fora-da-rede, é importante acomodar a geração local com a gestão melhorada da rede e competências disponíveis. Este tipo de ‘ilha’, em termos de gestão de energia, é algo que acreditamos ser um dos principais impulsos para África e outros lugares onde falta uma rede mais robusta.”

Mais importante ainda é a ideia de implementar os dois tipos de geração de energia em conjunto. João Marques da Cruz explica: “Em Portugal há uma abordagem em dois passos, para que seja possível primeiro abordar grandes parques eólicos. Depois, olhar para a geração descentralizada. Algo que aprendemos com os projetos em África é que podemos fazer essas duas coisas juntas, sem fases. A minha sugestão para ambos…é de olhar para soluções solares e descentralizadas em simultâneo. Não há motivo para olhar para a energia limpa e descentralizada como um oposto de grandes parques eólicos ou projetos de energia renovável centralizada já a decorrer.”

O momento para África é “Agora”
Afirmar os laços históricos de Portugal com África pode ser algo que é trazido aos tempos de hoje através de redes de trabalho, partilha de conhecimento e, espera-se, investimentos tangíveis.   Um “ponto de partida” para que os participantes presentes possam criar um impulso para que seja possível um maior investimento energético em países africanos. Enquanto África tenta responder aos desafios centrais, Portugal está a tentar reinventar as suas energias renováveis, mas o elo comum entre ambos é que tipo de projetos é que podem ser implementados, quais é que precisam de ser implementados rapidamente: “Espero que as figuras centrais compreendam que agora é o momento para África. A EDP certamente que compreende e está pronta.” Um ponto compartilhado pelo patrocinador do fórum, Efacec, uma empresa portuguesa que promove o desenvolvimento industrial e energético. “Do nosso ponto de vista, a relação entre Portugal e África é muito positiva. Portugal tem um papel inquestionável no desenvolvimento de infraestruturas de energia em países africanos nomeadamente  Cabo-verde, Angola e Moçambique. O Africa Energy Forum — AEF — será uma oportunidade imperdível para discutir o futuro e a evolução do sector da energia em África”, conclui o presidente executivo, Ângelo Ramalho.

Faça o seu registo no fórum ou saiba mais informações, aqui.

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com o Africa Energy Forum.

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