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Portugal é um país aberto aos expatriados

Portugal é um país aberto e atractivo para os expatriados, onde encontram óptimas condições de relocalização, com “boa educação, boas escolhas, sem grandes barreiras culturais porque se falam línguas e, acima de tudo, pela segurança e pelo clima de estabilidade social”.
28 Junho 2018, 21h50

A consultora Ernst & Young (EY) anunciou hoje um estudo no qual Portugal se conclui que Portugal lidera “a percepção de atractividade” para captar investimento direto estrangeiro, anunciou a responsável pelo estudo e partner da EY, Florbela Lima.

Embora do estudo salte à vista a tendência de crescimento do IDE em Portugal desde 2012, o relatório relativo ao ano de 2017 da EY revela uma maior concentração de investimento estrangeiro em áreas fulcrais, como na inovação e em investigação e desenvolvimento.

Ao Jornal Económico (JE), a consultora revelou que os investidores “começam agora a olhar para Portugal [com uma estratégia de longo-prazo] na área digital”, como aliás, “vai ocorrer no resto dos países”, alterando a percepção de que em Portugal só se investia em indústrias de transformação.

No Alentejo, umas das regiões analisadas pela EY, “há um cluster muito forte no setor da aeronáutica” e existe ainda um tecido empresarial diversificado com várias empresas importantes a trabalharem nas áreas “da logística, com o porto de Sines, e na agricultura, onde se estão a desenvolver formas inovadoras de produzir produtos agrícolas”.

O estudo realça o talento encontrado pelas empresas estrangeiras no mercado de trabalho português, onde existe mão-de-obra qualificada em diversos setores da economia. Questionada por que razão, a reduzida mão-de-obra qualificada portuguesa não tem salários a acompanhar o crescimento de IDE em Portugal, Florbela Lima afirmou que em Portugal, “o salário médio pode aumentar” mas há outros factores a ter em consideração como o facto de os portugueses hoje estarem também a concorrer com os expatriados, o que alarga a concorrência para o trabalhador portugês.

Portugal é um país aberto e atractivo para os expatriados, onde encontram óptimas condições de relocalização, com “boa educação, boas escolhas, [sem grandes barreiras culturais porque se falam] línguas e, acima de tudo, pela segurança e pelo clima de estabilidade social”.

Se Portugal é um país convidativo para as pessoas estrangeiras se instalarem, as empresas sofrem com a carga fiscal. Contrariamente a essa ideia, Florbela Lima informou “que não é na carga fiscal que está a grande preocupação dos investidores na hora de decidirem investir em Portugal, mas antes na estabilidade e na clareza dos sistemas de impostos [e das regras] ”.

Outras das grandes dificuldades sentidas pelos investidores prende-se com a obtenção da informação sobre o estado do país. “A informação está disseminada, não está centralizada num só sítio, o que constituí um obstáculo aos investidores”.

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