A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) angariou 1.250 milhões de euros no primeiro leilão do ano, nas linhas de seis e dozes meses.
O IGCP emitiu, esta quarta-feira, 750 milhões de euros a seis meses, com a linha a vencer no próximo mês de julho, e 500 milhões de euros a doze meses, com a maturidade a terminar em janeiro de 2024.
Os Bilhetes do Tesouro a terminar em julho de 2023 apresentam uma yield de 2,417% e os bilhetes a doze meses têm uma yield de 2,725%. Também a procura das mesmas aumentou significativamente, com os bilhetes a seis meses a crescer 2,14 vezes a oferta e a doze meses cresceu 3,82 vezes a oferta.
“No primeiro leilão de dívida de curto prazo, Portugal fez duas emissões de Bilhetes do Tesouro. Na emissão a seis meses colocou 750 milhões de euros e a doze meses colocou 500 milhões de euros. Face ao último leilão comparável voltamos a assistir a uma subida nas taxas. Em setembro, Portugal tinha emitido dívida a seis meses com uma taxa de 1,291% e agora obteve uma taxa de 2,417% e para os doze meses tinha obtido uma taxa de 1,916% que comparam com os atuais 2,725%”, aponta Filipe Silva do Banco Carregosa, em comunicado.
“A subida dos prémios de risco reflete as subidas que temos vindo a assistir nas taxas de juro de curto e longo prazo e que acabam por ter um impacto imediato na dívida que cada país tem de emitir. Os Bancos Centrais vão continuar a estar no centro das atenções, esperam-se novas subidas de taxas nas próximas reuniões; o que deve voltar a fazer subir os prémios de risco destas emissões de curto prazo”, adianta.