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Portugal: encontro de culturas… e de emprego

Por um lado, o envelhecimento da população. Por outro, cada vez mais estrangeiros a viver em Portugal. Como é que o tecido empresarial português reage a estas mudanças? Estamos preparados para enfrentar as novas realidades sociais?
17 Outubro 2019, 07h05

Portugal é hoje um País diferente.

Situações como uma maior divulgação do País e o aumento do fluxo turístico vieram alterar as contas da economia portuguesa… com elas, veio também um número cada vez maior de estrangeiros que escolheram o nosso País para, mais do que destino de férias, o local para viver. Há mais investimento e os dados confirmam-no: em 2018 foram desenvolvidos 74 projectos de investimento direto estrangeiro, que correspondem à criação de mais de 6.100 empregos. Uma conclusão do Estudo Attractiveness Survey Portugal, desenvolvido pelo EY European Investment Monitor, da EY. De acordo com os dados recolhidos, França, Espanha e Alemanha são os países que mais investiram em Portugal e a tendência será para que continuem.

Mais estrangeiros, menos portugueses

O ano de 2018 ficou marcado como o ano em que se registou o valor mais elevado de estrangeiros titulares de autorização de residência, desde que existem registos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Portugal tem vindo a transformar-se num País atrativo e de economia favorável para perfis variados. Se, por um lado, a oferta de iniciativas e o desenvolvimento de setores de interesse dão espaço e tornam Portugal mais chamativo e seguro para investidores; por outro, também a oferta de vagas nos setores de indústria ou canal horeca abrem portas a perfis com níveis de qualificação menos exigentes. Portugal tem valor humano, oferece qualidade de vida e promove iniciativas para o empreendedor e para o profissional que procura uma nova oportunidade de trabalho.

Os estrangeiros em Portugal são tanto produtores como consumidores: o emprego multiplica-se, as culturas fundem-se. Tudo isto contribui também para contrariar a população envelhecida, e potenciar uma política de natalidade por parte dos que chegam ao país.

A resposta das empresas: especialistas precisam-se

As empresas adaptam-se a esta nova realidade, considerando as possibilidades de investimentos vindouros e os profissionais que chegam com conhecimento e experiência prévia em áreas onde se mostra desafiante recrutar. Existem também programas que pretendem atrair para Portugal quadros técnicos qualificados e especializados. Todos estes movimentos exigem das organizações em Portugal um maior foco nos programas de atração e permanência de relações duradouras com os profissionais, de diferentes perfis.

Outra questão que tem vindo a ser tida em consideração é o desenvolvimento das atividades fora dos polos habituais – Lisboa e Porto; e também aí a diversidade tem sido uma mais-valia. De forma a impulsionar o tecido empresarial português, o Governo avançou recentemente que para dar resposta à falta de mão-de-obra em todas as regiões e em quase todos os sectores, está a desenvolver esforços para captar mais trabalhadores fora de portas, fazendo chegar as ofertas de emprego ao exterior, seja em locais onde se concentrem comunidades portuguesas, seja noutros locais onde exista a possibilidade de encontrar profissionais interessados em trabalhar em Portugal. Pretende-se ainda que sejam criadas ferramentas para conseguir aligeirar e simplificar o processo de vistos, de forma a poder ser mais fácil para os estrangeiros trabalharem em Portugal. Estas novas realidades sociais trazem para as empresas mais do que melhorias quantitativas. Além de contribuírem para aumentos nos investimentos e chamarem profissionais para setores, como os tradicionais, em que as oportunidades em aberto existem em maior número do que os profissionais interessados, proporcionam também uma difusão e interligação de diferentes contextos e culturas.

Foto: António Eloy Valério, CEO Multipessoal.

 

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a Multipessoal.

 

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