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Portugal ‘exporta’ programa Revive para o Brasil

O acordo será assinado, respetivamente, por Pedro Siza Vieira, acompanhado pela secretária de Estado do Turismo, e pelo ministro brasileiro do Turismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias, na sede do Ministério da Economia, em Lisboa.
  • António Cotrim/Lusa
12 Março 2020, 07h40

Portugal vai assinar um protocolo para se poder replicar no Brasil o programa Revive, que tem transformado edifícios devolutos de interesse patrimonial e histórico em unidades hoteleiras.

Este protocolo será assinado hoje, às 12 horas, firmando um acordo de cooperação entre o Ministério da Economia e da Transição Digital, de Portugal, e o Ministério do Turismo, do Brasil.

O acordo será assinado, respetivamente, por Pedro Siza Vieira, acompanhado pela secretária de Estado do Turismo, e pelo ministro brasileiro do Turismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias, na sede do Ministério da Economia, em Lisboa.

“Este protocolo é mais uma oportunidade para reforçar e intensificar a cooperação no domínio do turismo entre ambos os países, no âmbito do ‘Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre Portugal e o Brasil’, assinado em Salvador, em 30 de outubro de 2005, que considera os profundos laços históricos e culturais que unem os dois países”, destaca um comunicado do Ministério da Economia.

O mesmo documento realça que o programa Revive, lançado em Portugal, “foi elogiado pela OCDE, no mais recente relatório ‘Tourism Trends and Policies 2020’, como um exemplo a seguir na promoção da requalificação e subsequente aproveitamento turístico de imóveis do Estado com valor arquitetónico, patrimonial, histórico e cultural e cujo potencial de atratividade não está a ser aproveitado pelas regiões em que se inserem, nem viabilizada a sua fruição pelas respetivas comunidades”.

“Em Portugal, a primeira fase do Programa Revive abrangeu 33 imóveis, tendo a segunda fase incluído posteriormente mais 16 imóveis. Atualmente, o Revive integra um total de 49 imóveis, dos quais 21 localizam-se na região interior do país”, assinala o comunicado do Ministério da Economia, acrescentando que, “até ao momento foram lançados concursos para a concessão de 21 imóveis no Revive, tendo sido adjudicadas 14 destas concessões, que representam um investimento total estimado em cerca de 118 milhões de euros e rendas anuais na ordem dos 2,367 milhões de euros”.

Um dos edifícios abrangidos pelo concurso Revive, referente ao Convento de São Paulo, em Elvas, cuja concessão foi ganha pelo grupo Vila Galé, que ganhou também o concurso da Coudelaria de Alter, tem abertura ao público prevista para 4 de abril.

“Na sua deslocação a Lisboa, o ministro do Turismo do Brasil visitará imóveis do Programa Revive, como o Convento da Graça, em Lisboa, cujo contrato de concessão foi assinado para exploração de um Hotel de cinco estrelas, e o Paço Real de Caxias, em Oeiras, cujo contrato de concessão foi o mais recente contrato assinado (12.º contrato), com a renda anual de 216 mil euros pela concessão, sendo o investimento de recuperação do imóvel estimado em cerca de 11,6 milhões de euros”, revela o referido comunicado.

Recorde-se que o Revive é uma iniciativa conjunta das áreas governativas da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais.

Não foram revelados quais os projetos que poderão ser abrangidos pelo programa Revive no Brasil.

 

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