O estudo “Women Matter”, elaborado pela McKinsey & Company, mostra que Portugal ocupa o 15.º lugar no índice de Igualdade da União Europeia e o 29.º no Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial.
Portugal é o líder na União Europeia (UE) na incorporação das mulheres no mercado de trabalho, conseguindo atingir 50% da população ativa. No entanto, as mulheres continuam a enfrentar disparidades na progressão profissional, conseguindo ocupar apenas 6% dos cargos de liderança.
O mercado de trabalho português é ainda o que tem uma taxa mais elevada de emprego para mulheres entre os 20 e o 49 anos com filhos, com uma percentagem de 80% face a 64,1% da média europeia.
O estudo revela que 56% das mulheres consideram ser reconhecidas e recompensadas pelo seu trabalho o fator mais importante na sua tomada de decisão de aderir ou permanecer numa empresa. O estudo foi realizado em 45 empresas em Portugal e Espanha que empregam mais de 300 mil funcionários.
As mulheres continuam a sentir que possuem menos oportunidades de progredir na empresa do que os homens e são as mulheres que ocupam mais posições em cargos ligados ao sector de recursos humanos, finanças e área administrativa. É possível concluir que cerca de 49% das mulheres são responsáveis por todas as tarefas domésticas e que apenas 15% dos homens têm esta responsabilidade.
Para as mulheres existem cinco fatores-chave no local de trabalho, sendo eles o reconhecimento, a remuneração competitiva, com 41% das mulheres a valorizarem a igualdade salarial, o sponsorship, 31% das mulheres considera importante ter uma rede de apoio, a flexibilidade, um terço considera que o horário deve ser ajustado em função das suas necessidades e assim potencia a produtividade e, por último, modelos a seguir, 53% das mulheres com menos de 40 anos tem interesse em progredir para níveis seniores se reconhecerem que os seus líderes têm estilos de vida sustentáveis.
Por último, o estudo apresenta medida a adotar para se atingir a igualdade de género, sendo elas os horários de trabalho flexíveis e apoio aos cuidados a crianças e/ou dependentes, programas de desenvolvimento profissional e a remuneração mais competitiva.