Portugal ficou em oitavo lugar no Climate Change Performance Index (CCPI), apresentado esta quarta-feira na 22ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP22), a realizar-se em Marraquexe, Marrocos.
Em relação ao ano passado, Portugal sobe sete lugares no ranking que compara o desempenho de 58 países industrializados que lutam para travar os piores cenários resultantes da mudança do clima. Em conjunto estes países são responsáveis por 90% das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, contribuindo para o agravar das alterações climáticas.
O país ficou classificado em 11º lugar entre os países industrializados, o que tendo em conta que os primeiros três lugares não foram atribuídos, por nenhum país ser merecedor dos lugares cimeiros, permite colocar Portugal no oitavo lugar da lista.
Segundo a organização ambiental portuguesa Zero, que faz parte da Rede Europeia de Ação Climática, a subida de Portugal na CCPI deve-se sobretudo às emissões de dióxido de carbono ‘per capita’ que se mantiveram inalteradas em relação a 2015, à redução do consumo de combustíveis fósseis e ao incentivo ao uso de energias renováveis.
A Zero relembra que Portugal foi um dos primeiros países a pôr em prática o Acordo de Paris, mas acrescenta que “é penalizado no que respeita à política climática nacional, por se revelar pouco ambicioso em relação aos objetivos possíveis a atingir, ficando-se por compromissos que praticamente já atingiu”.
A França é o país mais bem classificado, liderando o índice na quarta posição, seguida pela Suécia (5º) e o Reino Unido (6º).
Ainda assim, a CCPI mostra-se “insatisfeita” com as medidas tomadas por cada país para assegurar que a subida da temperatura fica abaixo dos 2 graus Celsius, aquele que foi um dos grandes objetivos estabelecidos nos Acordos de Paris.