É preciso recuar uma década para encontrar um ano com um calendário eleitoral tão preenchido como no último ano. Regionais dos Açores em outubro de 2020, Presidenciais em janeiro deste ano, Autárquicas em setembro e, agora, nos próximos meses, novas Legislativas à porta. Só em 2009 – ano de triste memória para os portugueses, que viram a sua nação entrar na ruína que nos haveria de conduzir à intervenção financeira externa, após anos de governação socialista de José Sócrates – se realizaram mais eleições do que em 2021.

Apesar de um taticismo socialista inacreditável, que levou ao primeiro e único chumbo orçamental em Portugal e consequentes novas eleições para a Assembleia da República, o que aí vem são tudo menos favas contadas para a esquerda e para o PS.

Quem ficará à frente dos destinos de Portugal nos próximos quatro anos, sucedendo a António Costa, esse mesmo que nos governou sem mandato do povo, que agora consumou um divórcio com os restantes partidos de esquerda, que viveu “maritalmente” em geringonça sem a maioria da confiança dos portugueses, sem obra feita ou investimentos relevantes, mas com uma agenda mediática desenhada com toda a precisão para satisfazer todos os critérios eleitorais que se avizinham?

De quem será a vitória eleitoral na noite de 30 de janeiro? De António Costa ou do novo líder do PSD que saíra das eleições internas de 27 de novembro? Uma coisa parece quase certa: estando em eleições internas, o Presidente do PSD que vencer as suas diretas, será o candidato a primeiro-ministro para vencer a eleição nacional e traçar os caminhos de desenvolvimento, sabendo todos que dificilmente haverá um único vencedor absoluto, um único a conseguir em janeiro a maioria dos deputados da Assembleia da República.

A esperança dos Portugueses é mesmo e só, a alternativa em construção no PSD. Rui Rio ou Paulo Rangel, um dos dois será o candidato nas eleições de janeiro, a primeiro-ministro de Portugal. Vive-se um momento histórico, pois antes de os portugueses irem às urnas, caberá aos militantes social-democratas escolherem qual dos dois reúne as melhores condições para dar esperança e governar Portugal.

Tenho a maior estima pessoal por Rui Rio, um Político resiliente, sério e competente, que tem estado nas últimas três décadas no combate político local e nacional, que apoiei em 2020 para liderar o PSD, já após as legislativas de 2019, num ciclo que se esperava só autárquico, mas entendo em consciência e liberdade, que necessitamos de uma nova afirmação e esperança coletiva, em volta daquele que reúne as melhores condições para, nos próximos anos, liderar o PSD e Portugal.

O país precisa de um PSD forte, unido, mobilizado e ambicioso, focado na sociedade civil e com visão para o crescimento económico e desenvolvimento social. Paulo Rangel poderá ser a novidade esperada, que tem “mundo”, vivência e sólida experiência profissional e política, tendo já sido Líder Parlamentar e deputado na Assembleia da República, e sendo atualmente vice-presidente do Partido Popular Europeu.

Nestas eleições, que são diretas, cabe a cada um dos militantes do PSD, e não às estruturas diretivas concelhias ou distritais, escolher livremente, em democracia interna, confiando o seu voto pessoal.

Será uma caminhada até janeiro por Portugal, onde tudo está em aberto, pois as grandes decisões ficarão, como sempre, entregues ao povo. Acredito num trabalho sério e de verdade, com sentido de Estado e responsabilidade, para o PSD merecer a confiança dos eleitores e governar Portugal.