Portugal quer antecipar pagamento de 14 mil milhões ao FMI

O Governo português já enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio. Fonte do Ministério das Finanças confirmou hoje à Lusa que “já seguiu” para os credores internacionais a carta em que […]

O Governo português já enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio.

Fonte do Ministério das Finanças confirmou hoje à Lusa que “já seguiu” para os credores internacionais a carta em que Governo “pede autorização para reembolsar antecipadamente apenas o FMI”, parte integrante da ‘troika’ durante o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), juntamente com a Comissão Europeia e com o Banco Central Europeu.

No plano, o executivo propõe a devolução de “14 mil milhões de euros num prazo máximo de dois anos e meio”, disse a mesma fonte, esclarecendo que esta proposta do Governo de Portugal será discutida no Eurogrupo da próxima segunda-feira, e não no que está agendado para esta quarta-feira, que será dedicado à Grécia.

Caso este plano seja aprovado, isto significa que Portugal vai devolver mais de metade do crédito devido à instituição liderada por Christine Lagarde em dois anos e meio, uma vez que o Fundo emprestou 27,38 mil milhões de euros, de acordo com a versão mais recente do calendário de amortização da dívida direta do Estado da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), de janeiro.

A 21 de janeiro, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, já tinha anunciado no parlamento que Portugal vai proceder ao pagamento antecipado do empréstimo contraído ao FMI durante o resgate financeiro do país, uma vez que o Estado acumulou “um montante de reservas de liquidez muito significativo” que permite “enfrentar com muita tranquilidade” eventuais dificuldades futuras.

OJE/Lusa

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