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Portugal quer vender três mil milhões de euros em dívida a 10 anos

Novo Banco integra o sindicato bancário, segundo a Bloomberg. A emissão de dívida vai acontecer numa altura em que os juros da dívida portuguesa a 10 anos negoceiam em mercado secundário próximo de 1,9%, bastante abaixo dos 4% em que negociava aquando da última venda sindicada.
  • D.R.
9 Janeiro 2018, 16h03

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, o IGCP, mandatou sete bancos para realizar uma emissão sindicada de dívida a 10 anos, segundo noticia a Bloomberg. O Tesouro estará à procura de três mil milhões de euros em Obrigações a 10 anos.

A emissão de dívida sindicada, que terá lugar esta quarta-feira, estará a cargo do Barclays, Citi, Crédit Agricole, Goldman Sachs, JPMorgan e Novo Banco, confirmou o Jornal Económico.

Citando fonte conhecedora do processo, a Bloomberg adianta que a emissão sindicada de dívida a dez anos, com maturidade em outubro de 2028, deverá ser lançada “num futuro próximo, dependendo das condições do mercado”.

A emissão de dívida vai acontecer numa altura em que os juros da dívida portuguesa a 10 anos negoceiam em mercado secundário próximo de 1,9%, bastante abaixo dos 4% em que negociava aquando da última venda sindicada, a 11 de janeiro de 2017. Na altura, o Tesouro emitiu três mil milhões de euros em OT a 10 anos com uma yield de 4,227%.

Esta segunda-feira, o IGCP apresentou o programa de financiamento para 2018, em que estima que as necessidades de financiamento líquidas do Estado fiquem em 10,9 mil milhões de euros, este ano. No ano passado, em termos líquidos, as necessidades de financiamento do Estado ascenderam a 12,5 mil milhões de euros

A agência vai manter uma estratégia próxima da do ano passado, onde se incluem produtos para as famílias, centrada na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em euros com realização regular de emissões de OT.

Em emissões de OT, o IGCP espera arrecadar 15 mil milhões de euros em 2018, através da combinação de vendas sindicadas e leilões. As emissões serão mensais, à 2ª, 4ª e 5ª quartas-feiras de cada mês, e marcadas até três dias úteis antes, tal como tem sido hábito. Em 2018, o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da emissão de BT resulte num impacto nulo.

(atualizada)

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