Portugal alcançou, na passada quinta-feira, um total de 40.026.768 milhões de testes para a deteção de Covid-19, um valor contabilizado desde o início da pandemia. De acordo com o Instituto Ricardo Jorge, são mais de 20,7 milhões de testes PCR e cerca de 19,3 milhões de testes rápidos de antigénio de uso profissional.

“O número agora atingido decorre do esforço de testagem desenvolvido pelo país, sobretudo ao longo do último ano, durante o qual foi operacionalizado o plano de promoção da estratégia de testagem, criado com o objetivo de contribuir para o controlo da pandemia de Covid-19, através de uma task force coordenada pelo presidente do INSA, Fernando de Almeida, e composta por elementos do Ministério da Saúde, do INSA, da Direção-Geral da Saúde, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da Autoridade Nacional do Medicamento Produtos de Saúde (Infarmed) e das Administrações Regionais de Saúde”, escreve a entidade em comunicado.

O INSA relembra que, em dezembro de 2020, quando surgiu a vacina para os profissionais de saúde, eram realizados em média 34 mil testes diários, num mês que superou um milhão de testes realizados. Um ano depois, o número de testes diários foi multiplicado por cinco, tendo Portugal realizado mais de 174 mil testes por dia, com o máximo de testagem diário a ser alcançado a 30 de dezembro, com 402.756.

Em dezembro de 2021, foram realizados 5.404.737 testes, num claro despite devido às reuniões familiares. Para o INSA, este valor “reflete não só o investimento no aumento da capacidade de resposta das instituições do SNS, mas também de outras entidades do sector privado, sector social, bem como farmácias e clínicas”.

“Os mais de 40 milhões de testes à Covid-19 efetuados desde o início da pandemia demonstram bem a capacidade que Portugal teve para fazer face às necessidades de testagem em função das várias situações epidemiológicas que se verificaram, sendo motivo de satisfação e reconhecimento público pelo sentido de responsabilidade demonstrado pelos portugueses, que corresponderam sempre aos apelos das autoridades de saúde”, indica Fernando de Almeida, coordenador da task force da testagem.

“Só assim foi possível operacionalizar com sucesso uma estratégia de testagem que se revelou fundamental para que o País pudesse ultrapassar a pior fase da pandemia. No entanto, devemos estar atentos e preparados para uma avaliação rigorosa da situação epidemiológica do país, e mantermos a capacidade de resposta, caso necessário, esperando naturalmente que tal não seja preciso. Nesse sentido, e independentemente da evolução da pandemia, temos a certeza que os portugueses vão continuar a colaborar e a manter todos os cuidados preventivos até agora demonstrados”, adianta o coordenador.