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Portugueses ainda aderem ao telefone fixo. Uso de serviço móvel abaixo da média europeia

Em termos de serviço móvel, Portugal encontra-se abaixo da média europeia, apenas com 116,3 acessos entre 100 habitantes. A média da UE situa-se em 122,6 acessos por 100 habitantes.
17 Maio 2022, 12h26

Os números de telefone começados por 21 já começam a ser escassos, mas Portugal contraria a tendência que se verifica a nível da União Europeia. A UE contabiliza 35,8 acessos por 100 habitantes ao serviço telefónico fixo, enquanto Portugal conta com 50,6 acessos, sendo um dos três países (a par da Áustria e Grécia) em que o serviço cresceu.

No dia em que se celebra o Dia Mundial das Telecomunicações, a Anacom comparou o retrato das comunicações elétricas em Portugal e na UE em 2021, de forma a perceber em que nível se situa o nosso país face à média europeia.

Numa análise à tabela de preços, a Anacom dá conta de que em fevereiro de 2020 “os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 0,9%, enquanto na UE aumentaram 0,6% (taxa de variação média dos últimos 12 meses)”. “No entanto, entre o final de 2009 e fevereiro de 2022, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 8,9% enquanto na UE diminuíram 9,6%”.

Em termos de serviço móvel, Portugal encontra-se abaixo da média europeia, apenas com 116,3 acessos entre 100 habitantes. A média da UE situa-se em 122,6 acessos por 100 habitantes.

No acesso à internet residencial, apenas 87% das famílias portuguesas fazem recurso desta tecnologia, enquanto a média europeia ronda os 92%. Os reformados ou pessoas com mais idade, com níveis de escolaridade mais baixos ou famílias com rendimentos mais reduzidos são os que menos usaram a internet residencial em 2021.

“Portugal é o quarto país da UE com maior proporção de acessos com 100 Mbps ou mais”, nota o estudo da Anacom. Nas famílias portuguesas a taxa de acesso à banda larga fixa de 81% (77% UE), enquanto a banda larga móvel apenas representa 47% dos acessos (58% UE).

A Anacom evidencia que “a utilização individual de serviços over-the-top, cresceu no caso do instant messaging, com 75% (70% UE) e das chamadas de voz e vídeo 66% (65% UE)” e que “as redes sociais, a frequência de cursos online e a utilização de material de aprendizagem online também foram acima da média da UE, 65% (57% UE), 20% (18% UE) e 27% (21% UE), respetivamente”. Ou seja, em termos do uso de tecnologia, Portugal encontra-se acima da média da UE.

No entanto, os portugueses mostram que ainda não confiam no acesso à internet a tempo inteiro. No que toca ao internet banking, apenas 52% faz uso do acesso à conta bancária por telemóvel, enquanto na UE o acesso é realizado por 58% da população.

O comércio online segue o mesmo caminho, com muitos portugueses ainda a desconfiar da sua veracidade. Apenas 40% dos portugueses realizaram compras online, contra os 56% efetuados na UE, e o estudo mostra que 27% dos portugueses nunca realizaram uma compra online, colocando Portugal como o quarto país da UE com o valor mais elevado.

Em termos de vendas, apenas 10% dos portugueses refere que já procedeu à venda de artigos, enquanto na UE esse valor se fixou em 17%.

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