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Portugueses passam oito horas por dia a olhar para ecrãs. Subida de uma hora no espaço de dois anos

O novo relatório da agência global de marketing da Team Lewis, realizado em parceria com a GWI, revela as principais tendências para as marcas no ano que agora começa. O estudo também indica dados relevantes sobre as audiências em Portugal.
26 Janeiro 2022, 10h30

A Team Lewis, agência global de marketing, divulgou o seu mais recente guia de tendências, desenvolvido em parceria com a empresa de estudos de mercado GWI. O estudo analisa o processo de evolução das audiências e as alterações que a pandemia tem trazido ao atual multiverso de marketing, com dados que abrangem os mercados de Portugal, Alemanha, Austrália, Bélgica, Espanha, EUA, França, Hong Kong, Itália, Malásia, Países Baixos, Reino Unido e Singapura.

“Já não basta tentar alcançar o público com uma única mensagem, repetida o maior número de vezes possível,” considera Simon Billington, Executive Creative Diretor da Team Lewis, em comunicado. “As expectativas dos consumidores relativamente à interação com uma marca são claras. Querem ver um trabalho criativo único que lhes chame a atenção e lhes chegue de forma personalizada. A complexidade da mensagem e o meio através do qual é entregue são fundamentais para o sucesso.”

Com o aumento do “tempo de ecrã” e a posse de mais dispositivos, para além da utilização desenfreada das redes sociais e das preocupações crescentes em torno da privacidade, as audiências de hoje têm uma vontade crescente de influenciar o mundo à sua volta. Estas mudanças apontam para três temas centrais, abordados no estudo: é necessário acabar com a monotonia para evitar a “imunidade” ao marketing; compreender como a disposição e o estado de espírito afetam os consumidores; e explorar as suas principais motivações para promover relações mais significativas.

Algumas das principais conclusões são:

Tempo dedicado a ecrãs:
Continua a aumentar na maioria dos países, exceto na Austrália, Malásia, Singapura e EUA;

Em Portugal, o tempo médio de ecrã é de 7h57 diárias, tendo aumentado significativamente em relação a 2019 (6h42) e 2020 (7h17);

Os consumidores de Hong Kong e da Malásia passam mais tempo nos seus smartphones do que nos seus PC’s, portáteis e tablets.

Posse de dispositivos:
Globalmente, cada pessoa tem, em média, pelo menos três dispositivos;

Os portugueses possuem, em média, 2.95 dispositivos;

Na Malásia, os consumidores possuem, em média, menos de três dispositivos, mas são quem mais tempo passa na Internet. Os EUA, Reino Unido, Alemanha e Itália estão acima da média global no que toca à posse de dispositivos.

Utilização das redes sociais
Os portugueses utilizam, em média, 3,5 plataformas diariamente;

A média da Europa Ocidental é inferior a três plataformas por dia;

Os países da região APAC utilizam, em média, quatro plataformas diariamente.

Postura em relação à privacidade:
A nível global, a maior preocupação dos consumidores é o modo como as empresas utilizam os seus dados pessoais online (39%), seguida por uma preferência por manter o anonimato online (34%).

Panorama atual do marketing:

Os websites ainda estão no topo: 56% dos inquiridos visitou o website de uma marca no último mês;

As newsletters ainda são eficazes: 26% das pessoas emails ou newsletters de marcas.

Expectativas dos consumidores:

Os consumidores querem, unanimemente, que as marcas sejam de confiança, autênticas e inovadoras.

A ascensão do áudio:

Nos últimos três anos registou-se um aumento do consumo de serviços de streaming de música e podcasts;

Os portugueses recorrem a serviços de streaming durante, em média, 1h04 diárias – outro aumento em relação a 2019 (51 minutos) e a 2020 (1h). Também passam 29 minutos diários a ouvir podcasts – um aumento de quatro minutos em relação ao ano passado;

A Austrália e a Singapura são os países com maior crescimento do streaming de música e consumo de podcasts, em comparação com o ano passado.

Ceticismo em relação às redes sociais:

Apenas 23% dos consumidores a nível global acredita que as redes sociais são boas para a sociedade;

A Malásia é o país mais otimista em relação às redes sociais, com 40% dos inquiridos a considerar que estas existem para fazer o bem.

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