[weglot_switcher]

Portugueses viajam mais para visitar familiares e amigos mas menos por lazer

O número de viagens de cidadãos portugueses para fora do país aumentou no segundo trimestre deste ano,
  • Cristina Bernardo
27 Outubro 2016, 15h10

No segundo trimestre de 2016 a população residente em Portugal fez 4,27 milhões de deslocações turísticas, -1,2% face ao período homólogo de 2015, das quais 10,7% com destino ao estrangeiro, um aumento de 1,3% em relação ao ano passado, avança o INE no relatório ‘Procura Turística dos Residentes’

A “visita a familiares ou amigos” foi o principal motivo das deslocações, justificando a realização de 1,8 milhões de viagens (42,6% do total), uma redução homóloga de 6,3%. Pelo contrário, as deslocações pelos motivos de “lazer, recreio ou férias”, que corresponderam a 1,74 milhões de viagens (40,7% do total) e “profissionais ou de negócios”, com 523,7 mil viagens (12,3%), registaram conjuntamente um aumento de 5,8%. O relatório revela que, 18,5% dos residentes em Portugal realizou pelo menos uma deslocação turística, ligeiramente menos que no trimestre homólogo de 2015 (-0,2%).

O INE revela que a maioria dos turistas foi do sexo feminino (51,4%). O número de turistas com 65 e mais anos aumentou 6,9%, atingindo um peso de 16,6% no total, superando em 0,6 p.p. a representatividade dos mais jovens (até 14 anos), nos quais se verificou uma ligeira redução (-1,0%).

As viagens domésticas representaram 89,3% do total de viagens realizadas no 2.º trimestre de 2016, tendo totalizado 3,8 milhões, o equivalente a uma diminuição de 1,4%. As deslocações com destino ao estrangeiro apresentaram um aumento de 1,3%, resultante de incrementos em todos os meses do trimestre.

Verificou-se que um quarto (25,1%) das deslocações por motivos “profissionais ou de negócios” destinaram-se ao estrangeiro. Das viagens realizadas para “lazer, recreio ou férias”, 13,5% tiveram destino internacional, tendo o estrangeiro abrangido 4,6% das deslocações por “Visitas a familiares ou amigos”.

Considerando a globalidade das viagens para o estrangeiro, verificou-se que mais de metade das mesmas (51,1%) foram motivadas por “lazer, recreio ou férias”. Nas deslocações domésticas, a “visita a familiares ou amigos” foi o motivo mais comum (45,5% das deslocações) mas seguido de perto por “lazer, recreio ou férias” (39,4%).

O automóvel foi utilizado em 3,4 milhões de deslocações (79,0% do total). Do total de viagens, 10,7% decorreram com recurso a avião.

O estudo refere que houve 1,3 milhões de viagens com reserva antecipada de serviços, o equivalente a 29,9% do total de viagens turísticas realizadas pelos residentes em Portugal. A marcação antecipada nas deslocações para o estrangeiro reduziu-se para 87,5%.

A internet foi utilizada na organização de 16,1% das viagens realizadas (11,9% nas deslocações domésticas e 51,5% nas deslocações para o exterior). As agências de viagens estiveram envolvidas em 7,6% das viagens: 3,8% nas domésticas e 39,4% nas destinadas ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Observou-se um acréscimo de 1,9% nas viagens de curta duração (até 3 noites), as quais representaram 79,4% do total, e que o “alojamento particular gratuito” manteve-se como o mais expressivo, agregando 66,4% das dormidas resultantes das viagens turísticas. Salienta-se o crescimento verificado no peso do alojamento particular pago, de 5,0% para 6,8%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.